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João Cabaço, morreu o maronga, jingão e dono de uma voz inconfundível

João Cabaço

Foto de ArquivoMorreu, na madrugada de terça-feira (26), o conceituado músico moçambicano João Cabaço, vítima de doença. Dono de uma roca mas peculiar, o compositor pereceu numa clínica privada, onde se encontrava internado há dias.

Havia tempo que o autor de famosas temas como “Xitimela” e “Mamana” não gozava de boa saúde. Depois de cair doente, em 2013, vários artistas moçambicanos realizam concerto em sua solidariedade.

O músico cuja uma das letras, traduzida para a língua de Camões, dizia “a minha casa é longe. Eu vivo a meio da caminhada, sozinho”, chegou ao destino que por todos nós espera (a morte), onde certamente, pese embora deixando para trás vários sonhos, terá um descanso pacífico.

João Cabaço – um homem alto e magro – nasceu em Mafala, de onde mais tarde se mudou para a cidade de Matola. Nos últimos anos, a complicação da sua saúde era descrita como enorme e, por essa razão, demandava o contributo de todos.

Cabaço nasceu numa família de artistas musicais, entre eles o seu tio paterno Gonzana, um grande compositor e cantor. O seu irmão, André Cabaço, músico radicado em Portugal, é outra referência.

Em entrevista a uma jornal da praça, o malogrado disse começou a cantar aos 19 anos de idade, como “uma revolução de problemas étnicos” e explicava que “sempre tivemos problemas étnicos. Machopes, Manhambanas, Machanganas…..era difícil perceber isso… e eu consegui pegar no Ronga como minha língua de canto. Foi uma revolução”.

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