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João Cabaço: Ministro da Cultura oferece apoio moral e promete financiar a gravação do seu disco

Na semana passada, o ministro da Cultura, Armando Artur João, visitou o célebre artista moçambicano, João Cabaço, que se encontra internado numa das clínicas da capital. Depois do encontro, Artur trouxe para a público duas notícias: a primeira é que o músico se encontra fora do perigo e, a última, apesar de aquele pelouro não reunir condições para lhe prestar algo além do apoio moral, promete que, assim que o artista regressar ao convívio social, o Ministério da Cultura irá financiar a gravação do seu primeiro trabalho discográfico.

Trata-se de um assunto (o estado clínico do célebre músico moçambicano, João Cabaço) que nos últimos dias tem estado a preocupar os actores culturais e não só na capital moçambicana.

João Cabaço está doente há quatro meses. Primeiro, foi internado no Hospital Militar de Maputo, de onde – em resultado de não se ter registado melhorias no tratamento – acabou por ser transferido para a Clínica 222, no bairro da Coop, sob a direcção do antigo ministro da Saúde, Paulo Ivo Garrido.

Por enquanto, sobre o estado da saúde do artista, não há informações específicas uma vez que – na visita recentemente realizada àquele estabelecimento – não foi possível falar com o médico, Paulo Ivo Garrido, que está a cuidar de Cabaço.

Facto, porém, é que Armando Artur – que manteve contacto com o paciente – ficou com boa impressão do que viu. Tanto é que, para si, neste momento, “o mais importante é que ele já está a melhorar. Está com um bom aspecto e comunica-se com as pessoas”. Por essa razão, “estou satisfeito por o ter visto e por saber que está a melhorar. Quero aproveitar esta oportunidade para expressar o meu agradecimento à clínica onde o João Cabaço está internado, por todo o apoio que lhe tem estado a ser prestado”.

Um apelo urgente

O ministro aproveitou a oportunidade para, além de encorajar, fazer um apelo “às demais instituições que operam no ramo, para que continuem a apoiar os nossos artistas sempre que se encontrarem em situações similares. Sabe-se que os músicos moçambicanos enfrentam grandes dificuldades no dia-a-dia como, por exemplo, a falta de recursos financeiros para fazer face aos obstáculos desta natureza”.

Além do mais, “estou igualmente satisfeito por saber que há um movimento de solidariedade por parte dos outros artistas, a favor de João Cabaço, no que diz respeito ao pagamento das despesas decorrentes do tratamento a que está a ser sujeito”.

A riqueza deve beneficiar o artista

Mais do que revelar a sua satisfação em relação ao franco progresso do estado clínico de João Cabaço, o ministro da cultura constatou que “a situação em que nos encontramos remete- nos a uma reflexão: todos nós, como artistas e fazedores da cultura, sabemos que as artes e a cultura, em Moçambique, geram riqueza. É preciso que reflictamos sobre como é que podemos criar este tesouro em maior quantidade e como é que o mesmo pode beneficiar o criador, o artista, muito em particular, em situações desta natureza”.

Aliás, “nos meus encontros regulares com os artistas e fazedores da cultura, tenho reiterado a necessidade de eles se organizarem em associações profissionais, de modo que, a partir das referidas agremiações, possamos dialogar com o Governo, no sentido de encontrar formas para resolver as dificuldades com as quais nos debatemos. Os nossos artistas ficam doentes e carecem de possibilidades de financiar as despesas do seu próprio tratamento”.

O ministro afirmou que “voltarei a reiterar e insistir perante os artistas e fazedores da cultura, para que, definitivamente, encontremos soluções para os nossos problemas porque – como disse anteriormente – as artes e a cultura, em Moçambique, geram riquezas. É importante percebermos como é que nós podemos criar essa riqueza, beneficiando também os nossos artistas, as suas famílias e, por extensão, a grande família moçambicana”.

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