Os advogados de Jay Z disseram num julgamento sobre direitos autorais em uma corte, na terça-feira, que o rapper havia adquirido correctamente os direitos de uso de uma melodia de um músico egípcio, a qual deu origem ao seu sucesso “Big Pimpin”, de 1999.
Jay Z, cujo nome real é Shawn Carter, e o produtor de hip hop Timothy “Timbaland” Mosley estão entre os réus citados numa queixa apresentada em 2007 pelo sobrinho do compositor egípcio Baligh Hamdy, já falecido, que alegou que o rapper tinha usado a composição do seu tio sem permissão.
Jay Z, sentado entre os seus advogados, na Corte Distrital dos EUA em Los Angeles e acompanhou silenciosamente os trabalhos à tarde. Ele disse à Reuters que não tinha comentários a fazer sobre o caso. O cantor deve depor nesta quarta-feira.
O advogado de Jay Z, Andrew Bart, argumentou que as letras explícitas de “Big Pimpin” não deveriam ser discutidas em relação com o processo, já que a qualificação da letra como “vulgar” e “repugnante” poderia predispor o júri contra Jay Z.
A juíza distrital Christina Snyder decidiu a seu favor, dizendo que examinar as letras de Jay Z seria irrelevante neste caso. O advogado Peter Ross, que representa o sobrinho de Hamdy, Osama Ahmed Fahmy, disse ao júri de oito membros que Jay Z e aos seus produtores tinham propositadamente evitado pedir permissão para usar a melodia de Hamdy porque eles sabiam que não seria concedida por causa da letra picante.
A acção segue outro caso de grande repercussão de direitos autorais de músicas. Em Março, os herdeiros do cantor de soul Marvin Gaye venceram uma acção na Justiça contra Robin Thicke e Pharrell Williams e ganharam 7,4 milhões de dólares por plágio de Gaye no seu hit “Blurred Lines”.