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Japão desembolsa fundos para estrada Nampula-Cuamba

O governo do Japão desembolsará um empréstimo no valor de 60 milhões de dólares norte-americanos, parte do montante necessário à reabilitação da estrada Nampula-Cuamba, norte do país, num percurso de cerca de 350 quilómetros.

Para o efeito, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, e o Embaixador do Japão acreditado em Moçambique, Susumu Segawa, assinaram hoje, em Maputo, a troca de notas sobre a reabilitação da referida estrada, cujas obras deverão iniciar no último trimestre do ano. O valor previsto do financiamento nipónico é um empréstimo da iniciativa MIRAI (Minimal Interest Rate Iniciative), com uma taxa de juro perto de zero (0.01 por cento anual).

Além do Japão, o projecto de construção da estrada espera ainda o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da Coreia, cujas notas para o efeito deverão ser assinadas ainda este ano. Balói disse, no final da cerimónia, que o financiamento japonês se reveste de extrema importância para a materialização das prioridades do governo na construção de infra-estruturas de valor preponderante para o crescimento socio-económico do país.

O embaixador disse, por seu turno, que o executivo japonês espera, através do projecto, contribuir para os esforços do governo de desenvolver infraestruturas do país. “Espera-se como resultados da implementação do projecto efeitos mais apropriados e importantes a longo prazo e economicamente substanciais para o povo moçambicano”, disse Segawa, acrescentando que a rodovia contribuirá para a melhoria da ligação entre as províncias de Nampula, Niassa e a cidade portuária de Nacala.

A estrada, segundo o diplomata, resultará na redução do custo de transporte e do tempo de viagem e, consequentemente, uma melhoria geral do escoamento dos produtos agrícolas diversos, bem como um fácil acesso e circulação de pessoas e bens produzidos pela população. O Japão anunciou, em 2008, a duplicação da sua assistência à África nos próximos cinco anos, na 4/a Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento de África (TICAD).

O embaixador nipónico afastou, na ocasião, quaisquer receios ou preocupações em torno da promessa feita pelo Japão na conferência pelo facto de a economia daquele “gigante asiático” estar a ser assolada pela recessão económica mundial, afirmando que Tóquio quer honrar os compromissos feitos no TICAD IV. A cerimónia de troca de notas foi testemunhada por quadros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), da embaixada do Japão e da Administração Nacional de Estradas (ANE).

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