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Itália segue busca por sobreviventes do terremoto; mortos chegam a 159 pessoas

Equipes de resgate estavam trabalhando noite adentro para tentar encontrar sobreviventes sob os destroços de cidades da região central da Itália arrasadas por um terremoto ocorrido nas primeiras horas desta quarta-feira, matando pelo menos 159 pessoas.

Um hotel que desabou na pequena cidade de Amatrice tinha provavelmente cerca de 70 hóspedes, e somente sete corpos foram até agora recuperados, disse o prefeito da cidade, que é uma das mais atingidas pelo tremor.

O terremoto de magnitude 6,2 destruiu casas e acabou com ruas em comunidades de uma região de montanhas 140 km a leste de Roma.

O tremor foi forte o suficiente para ser sentido em Bolonha, ao norte, e Nápoles, ao sul, cada uma a mais de 220 km do epicentro. “Esta noite vai ser a nossa primeira noite de pesadelo”, disse Alessandro Gabrielli, uma das centenas de pessoas se preparando para dormir em tendas armadas pelos agentes de socorro em campos e estacionamentos, cada uma abrigando 12 pessoas cujas casas foram destruídas.

“Na noite passada, eu acordei com um som que pareceu uma bomba”, acrescentou ele.

Agentes de socorro trabalhando com luz de emergência na escuridão salvaram uma menina de 10 anos, a retirando viva dos destroços, onde ela havia ficado cerca de 17 horas no vilarejo de Pescara del Tronto.

Muitas outras crianças não tiveram a mesma sorte. Na vila próxima de Accumoli, uma família de quatro pessoas, incluindo dois meninos de oito meses e nove anos, foram soterrados quando a casa deles caiu.

Enquanto os agentes retiravam o corpo do bebé, cuidadosamente coberto por uma colcha, a avó das crianças culpava Deus: “Ele levou todos eles de uma vez”, lamentou ela.

O primeiro-ministro Matteo Renzi disse que o gabinete se reuniria na quinta-feira para decidir sobre medidas para ajudar as comunidades afectadas. “Hoje é um dia para lágrimas. Amanhã podemos falar de reconstrução”, disse ele à imprensa no fim da quarta-feira, quando anunciou que 120 corpos haviam sido encontrados, e 368 pessoas foram hospitalizadas.

Poucas horas depois, o número de mortes subiu para 159. Com pessoas ainda desaparecidas, o serviço de proteção civil alertou que esse número poderia aumentar mais. Fotografias aéreas mostraram áreas inteiras de Amatrice, escolhida no ano passado uma das cidades históricas mais bonitas da Itália, destruídas pelo terremoto.

O número de habitantes das quatro pequenas cidades mais atingidas aumenta até dez vezes no verão (inverno no Hemisfério Sul), e muitos dos mortos ou desaparecidos são visitantes.

 

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