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Israel concede status legal a mais três colónias na Cisjordânia

O governo israelita disse, esta Terça-feira, que concedeu status legal a três postos de assentamentos judaicos na Cisjordânia, região ocupada por Israel, uma medida que pode sustentar o governo de coligação, mas que atraiu forte condenação palestina.

As autoridades israelitas minimizaram a decisão tomada por um comité ministerial, na noite da Segunda-feira, e rejeitaram as acusações de que o governo havia criado efectivamente o primeiro novo assentamento judaico em mais de 20 anos.

Os três postos, Bruchin, Sansana e Rechelim, foram construídos em terras que Israel declara ser “propriedade do Estado” na Cisjordânia, uma área capturada na guerra de 1967 e a qual os palestinos querem como parte do seu futuro Estado.

“O painel decidiu formalizar o status de três comunidades… que foram estabelecidas nos anos de 1990, de acordo com as decisões dos governos anteriores”, afirmou um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

A maioria da comunidade internacional vê todos os assentamentos judaicos na Cisjordânia como ilegais.

Entretanto, Israel faz distinção entre assentamentos que foram aprovados e os postos que nunca receberam uma autorização oficial.

Cerca de 350 colonos vivem em Bruchin e 240 em Rechelim, ambos na parte norte da Cisjordânia, enquanto Sansana, com uma população de 240, está mais ao sul.

Nenhum deles recebeu o status legal definitivo de comunidade formal e Netanyahu, apesar de ser politicamente forte, enfrentou as questões dentro do próprio partido Likud e outras coligações parceiras da ala-direita sobre o seu comprometimento com os colonos.

O governo palestino condenou a decisão. As autoridades palestinas aguardam uma resposta formal de Netanyahu a uma carta enviada, semana passada, pelo presidente Mahmoud Abbas, na qual repete o seu pedido de interrupção de toda a actividade de construção em assentamentos.

As conversações de paz estão congeladas desde 2010 por causa de um impasse sobre essa questão.

Há anos Israel promete ao seu principal aliado, os EUA, remover dezenas de postos avançados de colonos, mas pouco fez para cumprir o compromisso, uma vez que Netanyahu enfrenta pressão política na própria coligação do governo.

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