O primeiro funcionário graduado dos EUA a visitar o Egito desde a intervenção militar para derrubar um presidente eleito reuniu-se, Segunda-feira (15), com autoridades locais, às quais pediu uma rápida restauração da democracia, enquanto milhares de seguidores do deposto líder islâmico saíam às ruas.
O subsecretário de Estado William Burns chegou a uma capital polarizada, onde ambos os lados estão furiosos com os Estados Unidos, super-potência que oferece 1,5 bilhão de dólares em ajuda anual, sendo a maior parte para o Exército.
A crise no mais populoso país árabe alarma a região e o Ocidente. Os EUA dividem-se entre o seu apoio à democracia e a sua clara insatisfação com a ascensão da Irmandade Muçulmana, grupo político do presidente deposto, Mohamed Mursi.
Até agora, Washington recusa-se a descrever a intervenção militar como golpe, o que levaria à suspensão da ajuda. Os activistas islâmicos mantém uma vigília exigindo a reinstauração do mandato de Mursi.
Tanto eles quanto os adversários laicos da Irmandade convocaram grandes manifestações para a Segunda-feira. Na última semana, os actos públicos no Cairo tenderam a ser pacíficos, depois da morte de 92 pessoas nos dias imediatamente subsequentes à derrubada de Mursi.