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Irão renova a ameaça de fechar Estreito de Hormuz

O Irão renovou, este Domingo (15), as ameaças de fechar o Estreito de Hormuz a não ser que as sanções contra o país sejam revogadas, embora não esteja claro como Teerão poderia interditar o vital canal de escoamento de petróleo, dada a significativa presença militar norte-americana no local.

O Parlamento iraniano está a cogitar um projecto de lei a pedir o fecho do estreito. A assembleia tem pouco controle sobre decisões de defesa nacional e política externa, mas apesar de a lei ser mais que tudo simbólica, indicaria o apoio legislativo por trás da decisão da liderança pelo fecho.

“(Pelo projecto de lei) o fecho do Estreito de Hormuz continuará até à anulação de todas as sanções impostas ao Irão”, teria dito o parlamentar Javad Karimi Qoddousi segundo a agência de notícias Fars.

O projecto será analisado pelo Parlamento, este mês, disse outro legislador, Seyed Mehdi Moussavinejad, de acordo com a Fars.

As políticas externa e de defesa nacional cabem ao Líder Supremo, Aiatolá Ali Khamenei, e à Guarda Revolucionária, força de elite do governo.

O Irão tem ameaçado repetidamente interditar canal de transporte do Estreito de Hormuz, através do qual passam 40 por cento das exportações mundiais de petróleo, em retaliação às sanções de potências ocidentais sobre as suas exportações de petróleo.

As sanções foram impostas por conta do programa nuclear do Irão, que o Ocidente suspeita ter por objectivo a criação duma bomba nuclear, enquanto Teerão afirma ser destinado a propósitos pacíficos de geração de energia.

Alarmados pelas ameaças iranianas, os Emirados Árabes Unidos finalizaram um longamente esperado terminal de exportação de petróleo no Golfo de Omã, enviando o primeiro carregamento, este Domingo.

O país-membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) espera aumentar para cerca de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia as exportações a partir das novas instalações.

Uma autoridade iraniana disse, este Domingo, que o duto de escoamento dos Emirados não dará conta de suprir a demanda mundial se o Estreito de Hormuz for fechado.

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