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Investigadores russos abrem processo contra líder do protesto anti-Putin

Os investigadores russos abriram um processo penal contra um proeminente líder de protestos contrários ao presidente Vladimir Putin, esta Quarta-feira !7), dizendo que um documentário num canal de TV pro-Kremlin mostrou evidências de que Sergei Udaltsov havia planeado distúrbios em massa.

Os policiais invadiram o apartamento de Udaltsov em Moscovo e disseram que estavam a fazer buscas também nas casas de dois associados que enfrentam as mesmas acusações, cuja pena de prisão é de até 10 anos.

Os críticos do governo e os grupos de direitos civis afirmam que o Kremlin está a realizar uma repressão coordenada na dissidência, exercendo pressão legal sobre activistas que lideraram os maiores protestos da oposição em quase 13 anos de regime de Putin, motivados por denúncias de fraude eleitoral generalizada.

O processo criminal de Udaltsov centrou-se nas alegações veiculadas num documentário no canal NTV de que ele recebeu dinheiro e ordens de um aliado do presidente da Georgia, Mikheil Saakashvili, um adversário de Moscovo, para causar agitação na Rússia.

“O departamento principal do Comité Investigativo abriu um processo criminal contra Sergei Udaltsov… com base nas evidências de… preparação de distúrbio em massa”, afirmou o Comité Investigativo federal num comunicado no seu site.

Udaltsov disse no Twitter que  estava a ser interrogado na sede do Comité Investigativo. Um assistente, Konstantin Lebedev, foi detido por 48 horas após o seu apartamento ser revistado, esta Quarta-feira, relataram as agências de notícias russas.

A declaração dos investigadores também afirmou que eles estavam a avaliar alegações de que Udaltsov, um esquerdista conhecido por sua cabeça raspada, jaqueta de couro e frequentes encarceramentos de curto prazo por desobedecer a polícia, havia planeado “actos terroristas” na Rússia.

Udaltsov, um dos líderes de uma série de protestos da oposição que levou dezenas de milhares de pessoas às ruas de Moscovo para pedir uma “Rússia sem Putin”, negou as acusações transmitidas na NTV no início deste mês.

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