Os soldados, policiais e moradores de aldeias lutavam para proteger as usinas de geração de energia na Sérvia no meio de enchentes no domingo (18), quando o número de mortos da pior chuva na região dos Balcãs em mais de um século chegou a 37.
Doze corpos foram recuperados na cidade sérvia mais atingida de Obrenovac, a 30 quilómetros a sudoeste da capital, Belgrado, mas o número provavelmente irá subir à medida que as águas baixarem.
“A situação é catastrófica”, disse o primeiro-ministro Aleksandar Vucic a repórteres. Centenas de soldados e moradores correram para levantar barreiras de sacos de areia ao redor do perímetro da usina de energia Kostolac, a leste de Belgrado, onde um cinegrafista da Reuters disse que as águas do rio Mlava, um afluente do rio Danúbio, avançavam cerca de um quilómetro.
Os trabalhadores da usina juntaram-se ao esforço, cavando uma estrada na tentativa de desviar águas que ameaçavam inundar minas de carvão próximas. A planta Kostolac gera o equivalente a 20 por cento das necessidades de eletricidade da Sérvia.
Os aviões de carga russos transportando barcos, geradores e comida juntaram-se às equipes de resgate de toda a Europa e milhares de voluntários locais para evacuação de pessoas depois de o rio Sava transbordar.
As chuvas diminuíram e as águas de enchentes retrocederam no domingo em algumas das áreas mais atingidas da Sérvia e da Bósnia, mas o Sava deveria subir ainda mais, segundo as previsões.
A EPS, concessionária de energia da Sérvia, disse que uma nova onda de inundação também ameaçava a maior usina da Sérvia, a Nikola Tesla, em Obrenovac. As inundações já cortaram a geração de energia sérvia em 40 por cento, forçando o país sem dinheiro a aumentar as importações.
“Cada vez mais a água está a chegar mais perto, mas por agora as barreiras de defesa de sacos de areia estão a segurar”, reportou a agência de notícias Tanjug citando o gestor-geral de Kostolac, Dragan Jovanovic.