Homens fortemente armados invadiram o parlamento da Líbia, domingo (18), depois de atacar o prédio com armas antiaéreas e granadas lançadas por foguetes, disseram as testemunhas e os moradores.
Detalhes sobre o grupo armado não estavam claros, mas um porta-voz para o general líbio aposentado Khalifa Haftar disse que as suas forças haviam realizado o ataque como parte da sua campanha contra os militantes islâmicos.
“Estes são os membros do Exército Nacional da Líbia”, disse Mohamed al-Hejazi, porta-voz do grupo, usando o nome das forças leais a Haftar. Muita fumaça saía do edifício do parlamento, e um repórter da Reuters disse que homens armados haviam fechado as ruas que conduzem ao local.
Outra testemunha disse que homens armados sequestraram duas pessoas do congresso. O deputado Omar Bushah disse à Reuters que pistoleiros entraram no Congresso Nacional Geral, invadindo escritórios dos legisladores e colocaram o edifício em chamas.
Testemunhas relataram combates pesados ??fora do parlamento. O Parlamento da Líbia foi paralisado por divisões entre partidos islâmicos e rivais mais nacionalistas. Muitos líbios culpam o Congresso por sua incapacidade de progredir em direcção à transição democrática desde a queda do governante veterano Muammar Khaddafi em 2011.
Haftar, um ex-rebelde na guerra contra Khaddafi, enviou os seus combatentes a Benghazi na sexta-feira contra os militantes islâmicos baseados na cidade, dizendo que o governo da Líbia não conseguiu deter a violência no local.
Depois da expulsão de Khaddafi, o fraco governo e o exército da Líbia têm sido incapazes de impor a autoridade do Estado sobre as brigadas fortemente armadas de ex-rebeldes e milícias que se tornaram figuras poderosas do país norte-africano.
O novo primeiro-ministro Ahmed Maiteeq formou um governo que depende da aprovação parlamentar, esta semana, disseram as autoridades no domingo, depois de o país ter passado quase dois meses sem um governo funcional.
