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INTERPOL procura traficantes de rubis em Namanhumbir em Cabo Delgado

A Polícia Internacional (INTERPOL) está ao encalço de cidadãos estrangeiros e nacionais que ilegalmente transaccionam rubis no distrito de Montepuez, na província de Cabo Delgado, extraídos na mina de Namanhumbir, na zona norte de Moçambique.

A operação surge depois de a Interpol ter detido um cidadão, aparentemente de nacionalidade tanzaniana, na posse de avultadas somas de dólares, revelou fonte credível daquela corporação que confirmou o facto junto da empresa Mwiriti, Lda, parte da sociedade concessionária que opera no referido jazigo.

Informações postas a circular referem que, paralelamente a exploração oficial que se encontra a cargo da Montepuez Ruby Mining, Lda, prossegue o saque de rubis por parte de garimpeiros ilegais, uma prática encorajada por estrangeiros de várias nacionalidades.

Informações que o jornal Notícias teve acesso indicam que um cidadão de nacionalidade tanzaniana, conhecido apenas pelo nome de Victor, está a ser investigado pelas autoridades moçambicanas depois de ser detido na posse de mais de um milhão de dólares americanos não declarados.

Para justificar a posse desta soma, o referido cidadão o terá dito que era fruto da venda de rubis traficados a partir Naman- humbir.

“Esta revelação suscitou-nos o interesse de obter alguma informação junto da “Montepuez Ruby Mining, Lda”, que é resultado de uma “joint-venture” entre a moçambicana Mwiriti, Lda e a empresa britânica Gem-fields”, disse a fonte.

Asghar Fakhr, sócio-gerente da Mwiriti, Lda, confirmou o contacto com um individuo que se identificou como falando da central da Interpol, bem como prestado declarações a Policia moçambicana.

Sobre as quantidades de dinheiro, presumivelmente proveniente da venda ou compra de rubis, a fonte lamentou o facto e insistiu que se trata de uma acção provocada e promovida pelos estrangeiros ilegais que pululam em Montepuez e cercanias, agora com esta indicação de que estejam envolvidos avultadíssimos valores em dinheiro vivo.

Asghar Fakhr disse que a Montepuez Ruby Mining, Lda, que resulta da fusão das duas empresas já referidas, é a única licenciada para fazer qualquer transacção daquele minério, na zona em referência.

“Acontece que até ao dia 11 de Dezembro deste ano, quando nos chegou essa notícia, nem a Mwiriti, Lda, nem a Montepuez Ruby Mining, Lda, venderam sequer um grama da sua produção. Como se sabe, a empresa está na fase de prova (teste) da área concessionária” disse Fakhr.

A presença de estrangeiros ilegais, em Montepuez, de diversas nacionalidades, sobretudo, tailandeses, tanzanianos e de outras nacionalidades africanas, sobretudo dos Grandes Lagos e da parte ocidental do continente, foi muitas vezes associada à exploração ilegal do rubi.

Como consequência da presença invulgar de estrangeiros ávidos de ganhar muito em pouco tempo, a instabilidade reina não só em Namanhumbir como também nas regiões adjacentes, onde a animosidade contra a empresa concessionária faz parte do dia-a-dia.

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