Viajar de comboio entre Nampula e Cuamba converteu-se num autêntico pesadelo nos últimos tempos devido às atitudes de alguns revisores e agentes de segurança que, durante o percurso, protagonizam actos pouco abonatórios em relação aos passageiros.
A reportagem do Wamphula fax que, semana passada, esteve em Malema constatou “in loco” algumas destas situações que, conforme referiram algumas fontes, podem contribuir para o mau relacionamento entre os funcionários do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) e os utentes daqueles serviços.
A maior parte das pessoas que servem-se do comboio ao longo do caminho têm-se queixado frequentemente de não receberem os trocos da compra do bilhete de passagem e, ao pretender reavê-los, são confrontados com insultos e ameaças, numa acção supostamente combinada entre os revisores e agentes de segurança.
Quando exigimos o nosso troco, a “cantilena” tem sido sempre a mesma: não tenho moedas – denunciou, quartafeira, um jovem visivelmente irritado.
Este pronunciamento viria depois a ser confirmado por uma mulher, identificada pelo nome de Elisa João, que exibiu ao repórter um bilhete de passagem do dia anterior com a menção no verso de que ”tem troco a receber”, mas que não passou do habitual procedimento ardiloso , porque não chegou a reaver o troco até à sua chegada ao destino, apesar de várias insistências.
Aliás, os nossos entrevistados afirmam não conhecer o verrdadeiros papel dos agentes de segurança em serviço naquele tipo de transporte porquanto, ao invês de garantirem a ordem pública, fazem o contrário.
Refira-se que a questão da anarquia nos comboios de passageiros na rota Nampula-Cuamba e vice-versa foi já abordada por várias vezes, mas as autoridades ligadas à área dos transportes continuam insensíveis ao fenómeno.
Conquanto a direcão da empresa se afirme empenhada em corrigir a situação por forma a restabelecer o clima ordeiro e, consequentemente, oferecer serviços condignos aos seus clientes.