Um total de 175 mil pessoas estão a enfrentar insegurança alimentar em Moçambique, um número que poderá subir pelo esgotamento das reservas alimentares. Segundo o porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, o número de pessoas a braços com insegurança alimentar poderá subir para 247 mil este ano.
Falou na terça-feira, em Maputo, no final da Segunda Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, Nkutumula explicou que a situação deriva do facto de o país estar a registar chuvas irregulares e abaixo da média. “Segundo um estudo sobre Assistência alimentar, neste momento, 175 mil pessoas estão em situação de insegurança alimentar.
O Plano de Contingência 2009-2010 indica que a este número vão juntar-se mais 72 mil pessoas que esgotaram as suas reservas alimentares ao longo do mês de Dezembro” disse o porta-voz a jornalistas. Nkutumula fez saber que para responder a esta situação o Governo lançou uma campanha de mobilização de recursos adicionais na ordem de 5.3 milhões de dólares norte-americanos (USD) Estes recursos serão utilizados n aquisição de 1.500 toneladas métricas de alimentos diversos para cobrir o défice alimentar.
A segunda sessão do Conselho de Ministros avaliou a época chuvosa no país, tendo verificado que de 28 de Novembro de 2009 a 22 de Janeiro corrente se registaram precipitações abaixo da média em Moçambique. Segundo Nkutumula, as chuvas ocorrem com abundância na zona norte do país, bem como na província central da Zambézia. As restantes províncias da zona centro e do sul de Moçambique têm estado a registar chuvas irregulares, o que pode colocar em causa a produção agrícola.
“Temos estado a registar precipitações abaixo da média. A precipitação está concentrada na zona norte e na província da Zambézia. Entre 28 de Novembro e 22 de Janeiro registaram-se ventos fortes em algumas zonas do país e inundações nalgumas bacias hidrográficas”, disse. A segunda sessão do Conselho de Ministros apreciou ainda a visita do Primeiro Ministro, Aires Ali à província da Zambézia entre os dias 21 e 23 do corrente mês, o relatório de encerramento das actividades remanescentes do ex-Gabinete de Apoio a Reconstrução, a abertura do ano escolar e o incêndio no porto de Pesca da Beira.
Ainda, apreciou a transmissão de poder aos Governadores provinciais, a preparação dos instrumentos de Governação, designadamente Programa Quinquenal do Governo, 2010/2014, Orçamento do Estado e Plano Económico e Social 2010, entre outros.
