A fome que se regista em algumas zonas do território moçambicano podem recrudescer, nos próximos anos, devido aos impactos negativos das mudanças climáticos, facto que, por conseguinte, poderá ainda comprometer os objectivos de redução da fome para 20 porcento até 2020.
O secretário permanente do Ministério da Agricultura (MINAG), Daniel Clemente, recordou, esta sexta-feira (18), em Maputo, em entrevista ao @Verdade, que, actualmente, cerca de 250 mil pessoas passam fome em todo o país, devido à insuficiência de alimentos, falta de meios para escoar os excedentes e conservar após a colheita, bem como por cauda da degradação das vias de acesso.
Para impedir que conter os efeitos nefastos desse problema, há necessidade de se criar condições de produção e protecção de toda cadeia produtiva, através do aumento de investimentos em pelo menos 10 porcento ao valor do Orçamento Geral do Estado alocado à agricultura, nas componentes de infra-estruturas, equipamentos, sementes, pesticidas, dentre outras.
“Deve-se adoptar políticas muito mais claras em relação a aspectos concretos de intervenções necessárias na agricultura”, considerou Clemente, para quem o Governo deve introduzir medidas cautelares para fazer face às mudanças climáticas.