Caçadores italianos mataram 13 pessoas e feriram 33 em incidentes com armas de fogo ocorridos desde o início da temporada, em Setembro, o que motiva um debate sobre reformas nas antiquadas leis que regem a actividade.
No fim de semana, um rapaz de 16 anos foi morto por um amigo durante uma caçada, um aposentado foi ferido a bala no seu jardim e um ciclista foi hospitalizado ao ser atingido por uma arma de caça.
A actual lei permite que os caçadores andem por terrenos particulares e façam disparos a mais de 150 metros de qualquer casa.
Os ambientalistas e caçadores concordam com a necessidade de rever as regras, mas não chegam a um consenso sobre como fazer isso. Entre os que propõem a proibição total está a presidente da Associação de Vítimas da Caça, Daniela Casprini.
“A questão não é mais quem é a favor e quem é contra a caça. É preciso parar esse verdadeiro massacre”, disse Casprini, esta Segunda-feira (22).
Uma pesquisa feita, ano passado, pelo instituto Eurispes mostrou que menos de um quinto dos italianos considera a caça um passatempo aceitável.
O número de caçadores, que era de 2 milhões há três décadas, diminuiu para 700 mil, a maioria na faixa de 65 a 78 anos, segundo a entidade agrícola Coldiretti.