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Indústrias denunciam falta de transparência

Os industriais moçambicanos do ramo de caju estão apreensivos com aquilo que classificam de concorrência desleal no processo de exportação da castanha de caju em bruto para os mercados europeu e asiático.

O sentimento foi expresso em Nampula pelos representantes da Associação Industrial de Caju (AICAJU), constituída recentemente e que agrupa, neste momento, 19 empresas do ramo de processamento e exportação daquele produto alimentar e de rendimento ao nível do país. Alberto Chissano, presidente da Mesa da Assembleia Geral da AICAJU, denunciou a existência de indivíduos que se deslocam, anualmente, ao país, onde, através de aliciamento aos produtores, adquirirem castanha que, depois, exportam sem que alguém dê conta da manobra.

Nós não temos força legal para impedir esta acção ilegal, disse Chissano, visivelmente constrangido, observando que queremos que haja exportadores reconhecidos e que observam os devidos procedimentos à semelhança dos industriais nacionais. Por seu turno, Yunuss Gafar, da empresa Gani Comercial e director executivo da AICAJU, afirmou que pretende que, nos próximos três anos, Moçambique possa reduzir as exportações da castanha em bruto e integrar todos os actores, designadamente processadores, produtores e exportadores naquela agremiação.

De acordo com mesma fonte, a associaçao que dirige tem, ainda, na manga um plano de reactivação de algumas unidades fabris que, por vários motivos, se encontram encerradas e construir outras em zonas consideradas produtivas da castanha de caju. Em termos de metas de processamento, neste momento, a AICAJU estima em cerca de 30 mil toneladas de amêndoa da qualidade exigida nos mercados europeu e asiático. Enquanto as previsões, para a partir do próximo ano, se situem acima de 40 mil toneladas.

As empresas integradas na AICAJU contam com cerca de oito mil trabalhadores, número que, segundo Yunss Gafar, poderá vir a subir com a construção das novas fábricas, algumas das quais a iniciar no próximo ano.

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