A Organização Aro Moçambique defende como solução ao desemprego no país a reactivação de várias industriais paralisadas e que no passado absorviam maior parte da mão-de-obra local.
Esta organização juvenil refere que tem vindo a acompanhar com insatisfação o índice elevado de jovens desempregados, na sua maioria com diplomas e certificados, e outros que anseiam o primeiro emprego pós-formação.Exemplo disso foi testemunhado por Policarpo Tamele, Presidente da Aro Moçambique, que realizou entre os dias 01 e 05 cinco do corrente mês de Setembro uma visita ao posto administrativo de Luabo, no distrito de chinde, na província da Zambézia, Centro do país.
De acordo com Tamele, a situação do desemprego naquele ponto do país é desolador apesar do potencial industrial e agrícola que Luabo possui e arredores.
Em Luabo funcionou uma das grandes industriais açucareiras do país que, devido ao último conflito armado, terminado há sensivelmente 20 anos, continua paralisada, esfumando o sonho e o futuro de muitos moçambicanos, particularmente de jovens.
Em pleno funcionamento, a fábrica empregaria cerca de 7 (sete) mil pessoas. Para além do posto administrativo de Luabo, o Presidente da Aro trabalhou na vila sede dos distritos de Marromeu e Caia e nos municípios de Maxixe e Xai-Xai para se inteirar do grau de empregabilidade dos jovens.
Em todos aqueles locais, Tamele apelou aos jovens para abraçarem o empreendedorismo e a serem pro-activos na busca de alternativas de emprego, por forma a contribuírem na agenda nacional de luta contra a pobreza e desenvolvimento da economia, recorrendo as diferentes oportunidades de financiamento, como é o caso do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo sete milhões de meticais.
No desafio de reactivação das industrias “adormecidas” e empregar jovens, Policarpo Tamele disse que a banca e o sector privado devem, também, dar o seu contributo devendo, em algum momento, abraçar iniciativas de crédito para os jovens empreendedores, com juros bonificados.
Durante a visita, o Presidente da Aro, que é igualmente representante da Agência de Desenvolvimento e Empreendedorismo, ADE (Incubadora económica da Organização), participou e dirigiu algumas palestras de formação de 750 disseminadores de educação fiscal, aduaneira e popularização de imposto, com a participação massiva de líderes comunitários, vendedores do mercado informal, jovens e estudantes, em estreita parceria com a Direcção de Comunicação e Imagem da Autoridade Tributária.
Em Marromeu, Policarpo Tamele manteve um encontro com o Director Geral da Companhia Sena Sugar.
No encontro ficou decidido a instalação, a médio prazo, de um Centro de Informática e Formação na vila sede de Marromeu com vista a dotar de ferramentas e habilidades aos jovens locais na busca de oportunidades e formação profissional.