Nos últimos 17 anos, a indústria açucareira moçambicana aplicou cerca de 800 milhões de dólares norte-americanos em investimentos destinados ao aumento dos níveis de produção das anteriores cerca de 13 mil toneladas, em 1992, para 400 mil toneladas métricas de açúcar até finais de 2011.
O investimento está a ser aplicado em acções de expansão da capacidade de pro- dução e de campos agrícolas das quatro fábricas de açúcar moçambicanas de Xinavane e Maragra, na província meridional do Maputo, e de Mafambisse e Companhia do Sena, em Sofala.
Resultados
Nos períodos que vão de 2009 a 2011, o investimento aplicado deverá resultar no aumento global da área de cultivo em 2%, da produção da cana em 47%, de açúcar em 39% e do mercado doméstico em 1%, segundo o Ministério da Agricultura, ajuntando que também são esperados como resultados o incremento das exportações do açúcar em 76%, de receitas de exportação em 49% e de postos de trabalho em seis porcento.
As receitas de exportação passarão de 43 milhões de dólares norte-americanos, em 2009, para 91 milhões de dólares, em 2011, enquanto o número de assalariados será, até finais de 2011, de 36.183 trabalhadores, contra 31.174 de 2009, segundo a mesma fonte.
Incertezas
Entretanto, Moçambique e outros países menos desenvolvidos estão a ser afectados pela flutuação do preço do açúcar no mercado mundial, como reflexo de “altos e baixos a que o mercado está sujeito, dependendo do equilíbrio da oferta e procura” deste tradicional produto de exportação do país, segundo ainda o Ministério da Agricultura.
A União Europeia (UE), prin- cipal destinatário da produção de Moçambique, já baixou em 36%, no período 2008/2009, o preço do açúcar importado, “havendo uma considerável incerteza sobre as políticas pós 2015”, realça aquele de- partamento governamental moçambicano.
Refira-se, entretanto, que a África do Sul e o Brasil são os maiores investidores na indústria açucareira moçambicana, estando o país vizinho a fazê-lo através da companhia Tongaat Hulett.