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Indivíduo viciado em álcool vira activista contra males sociais

Chama-se Pedro Serra, natural de Namapa, distrito de Eráti, a cerca de 250 quilómetros da capital provincial de Nampula, a norte de Moçambique. De 39 anos de idade, Pedro Serra é casado com a senhora Filomena Vicente e juntos vivem numa pequena palhota no bairro de Milone-A , Posto Administrativo de Anchilo, distrito de Nampula-Rapale.

Embora tenha vivido com ela, como esposa única, desde a sua vida estudantil, e possuirem tres filhos, Serra confessa ter pasado momentos de crise na sua vida, devido ao seu próprio comportamento motivado, supostamente, pelo consumo excessivo do álcool, que, vez sem conta, o tranformava num autêntico “animal ferroz” em relação à sua esposa, aos filhos e, até, aos amigos.

Segundo contou na primeira pessoa, Serra já parou, por diversas vezes nas malhas da policia devido às ofensas corporais e violência doméstica cometidas sobre seus familiares, incluindo a própria esposa. Segundo relatou, esta sua atitude fez com que fosse, durante muitos anos, vítima de descriminação na comunidade, incluindo os próprios pais e outros parentes que o consideravam criminoso enquanto estivesse sob o efeito do álcool, prática que afirma ter abraçado aos 12 anos de idade, embora se considere de risco ao HIV/SIDA.

Hoje, esta forma de viver passou à história e Serra transformou-se num educador contra o consumo de substâncias etílicas e violência doméstica, actos que ele considera factores que propiciam a desestabilização na familia e na sociedade, em geral. O visado desenvolve agora acções educativas na sua zona residencial que resultaram,já na recuperação de, pelo menos, três dos seus antigos colegas de barraca, tendo-os encaminhado, inclusive, à igreja, e aposta em continuar com este processo.

A sua motivação em abandonar o álcool iniciou este ano logo depois de ingressar no Tchova Tchova, porojecto que está a ser desenvolvido pela organização não governamental John Hopkins BLOOBERG- Center for Communication Progragrams, no Posto Admninstratuvo de Anchilo. Dentre as doze sessões de filmes e palestras em que participou, Serra recorda-se de um enfermeiro, identificado pelo nome de Augusto Figueiredo que vive em ambiente de harmonia familiar, de quem diz ter-se inspirado para a sua mudança comportamental.

Serra assume-se agora como um praticante devoto da Igreja Católica, para além de dirigir um pequeno núcleo onde aborda, entre vários temas, assuntos relacionados com o HIV/ISIDA e o álccol, algo que confessa nunca ter sonhado na vida. Estas acções converteram Pedro Serra num homem respeitado na comunidade e decido em construir um futuro promissor para si e para a sua familia. Um exemplo a seguir. Viva Tchova !

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