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Índia concederá liberdade a ativista presa há 14 anos por fazer greve de fome

A activista Irom Sharmila, presa há 14 anos por fazer uma greve de fome contra o governo da Índia, será colocada em liberdade devido à ordem de um tribunal que não encontrou indícios de “tentativa de suicídio”.

Uma corte de Imphal, capital do estado de Manipur, no nordeste do país, concluiu nesta terça-feira que a promotoria não conseguiu provar que a mulher, de 42 anos, tenta se suicidar, ato penalizado no Código Penal indiano com uma ano de prisão. O tribunal ordenou a libertação da activista, mas não anunciou quando ela vai ocorrer.

A chamada “Dama de Ferro” jejua para pedir o fim da Lei de Faculdades Especiais das Forças Armadas (AFSPA), que permite às forças de segurança de Manipur – onde há correntes separatistas – “executar e torturar com impunidade”, segundo a Amnistia Internacional.

Sharmila começou o seu jejum em 5 de Novembro de 2000, após presenciar o assassinato, por membros do exército, de dez pessoas numa estação de autocarro na cidade de Malom. Poucos dias após começar o seu protesto, a jovem Sharmila – que na época tinha 28 anos – foi detida sob a acusação de tentativa de suicídio.

Desde então, ela ficou internada no hospital carcerário Jawaharlal Nehru, em Imphal, onde cumpre pena reiteradamente, já que, quando a sentença de um ano expira, ela volta a ser detida por manter o jejum. Com o objetivo de manter Sharmila com vida, o hospital a alimenta por meio de uma sonda.

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