Várias dezenas de imigrantes que estão retidos num acampamento na ilha grega de Lesbos protestaram atrás da cerca de arame farpado do complexo nesta terça-feira, gritando “Queremos liberdade!”.
Eles estão entre milhares de refugiados e imigrantes que chegaram a Lesbos desde 20 de Março, ou próximo dessa data, vindos da Turquia, e que estão a ser detidos conforme um novo acordo da União Europeia com Ancara até que os seus pedidos de asilo sejam processados e eles sejam aceites ou mandados de volta para o território turco.
O primeiro grupo de 202 imigrantes, a maioria do Paquistão, que se encontrava em Lesbos e na ilha de Quios, no Mar Egeu, foi devolvido à Turquia na segunda-feira. Através do arame farpado do campo de Moria, em Lesbos, um homem estendeu um pedaço de papelão com as palavras “Matem-nos se quiserem”.
No muro do amplo complexo isolado por portões, outrora um campo do Exército, pichações dizem “Ninguém é ilegal”.
Em Março a UE e a Turquia firmaram um acordo para fechar uma rota usada no ano passado por centenas de milhares de imigrantes, a maior parte fugindo de zonas de conflito. Em troca, o bloco irá receber milhares de refugiados sírios directamente da Turquia e recompensá-la com auxílio financeiro, autorização de viagens sem exigência de visto e avanços nas negociações da filiação de Ancara à UE.