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Idoso detido por abusar sexualmente de duas crianças no Chimoio

Um homem de 60 anos de idade está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), acusado de abuso sexual a duas crianças de 10 anos de idade, em Manica, uma província onde os casos de estupro a meninas são frequentes, mas o desfecho das investigações levadas a cabo pelas autoridades é publicamente desconhecido.

Mateus Mindú, porta-voz da PRM, naquele ponto do país, disse que o crime aconteceu no bairro Nhamaonha, na cidade de Chimoio, onde as ofendidas e o ofensor vivem.

As meninas eram aliciadas com dinheiro e rebuçados. Uma das miúdas disse que o ancião disse que se ela revelasse aos pais o que lhe tinha feito iria bater nela.

Os exames médicos realizados no Hospital Provincial de Chimoio (HPC) confirmaram que elas apresentavam lesões nos órgãos genitais por conta da violação sexual a que foram submetidas.

O estupro foi denunciado pelas famílias das duas crianças, quando se aperceberam de que elas se locomoviam com dificuldades. O indiciado, devidamente identificados nos autos policiais, negou as acusações e alegou que se trata de “perseguição” dos vizinhos.

Em Manica, os abusos sexuais a meninas são recorrentes e, apesar da detenção de um e outro acusado, os promotores desses actos não ficam dissuadidos.

Em Novembro de 2018, a PRM deteve, um ancião de 77 anos de idade, indiciado de violar sexualmente uma criança de 10 anos de idade, na cidade de Chimoio. À vítima, o suposto estuprador, também devidamente identificado pelas autoridades policiais, prometeu dinheiro.

Aliás, alguns episódios de abuso sexual são promovidos pelos próprios pais das vítimas, quando, livremente, consentem que as filhas sejam transformadas em mulheres de homens mais velhos, para além de que não têm idade para o efeito.

Um caso semelhante ao que nos referimos foi reportado em Julho do ano passado, no distrito de Gondola. Na altura, Mateus Mindú contou que Duarte Alfandega, de 63 anos de idade e pai de uma menina de 12 anos, era crente da igreja Johane Marangue e entregou a filha para ser esposa de um indivíduo de 40 anos, de nome Marcos Zeca.

Johane Marangue é uma seita religiosa de origem zimbabweana. Duarte Alfandega confessou à Polícia que entregara a filha mais nova em substituição da mais velha, de 28 anos de idade, que supostamente fugira do lar com outro homem. Por isso, ele ficou em dívida com o genro. Alegou que não sabia que estava a cometer um crime.

Ademais, no distrito de Sussundenga, um líder religioso foi acusado de violar sexualmente uma criança, crente da mesma igreja. O acto consumou-se quando a vítima se dirigiu à casa do acusado para deixar oferendas resultantes do culto.

Ainda em Manica, um professor afecto a uma escola primária completa também já foi incriminado de abuso sexual à sua aluna de nove anos.

Mas mais aterrador, talvez, foi o caso de uma menina de 10 anos que morreu no leito hospitalar, nos distrito de Tambara, vítima de estupro cometido por um jovem de 36 anos e que justificou o acto com questões espirituais.

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