O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) deverá incrementar em cerca de 28,5%, em 2015, para implementação de investimentos em infra-estruturas estruturantes inscritos no Programa Integrado de Investimento (PII) e para o aumento significativo da produção e exportação do carvão mineral e da capacidade em infra-estruturas de logística para a exportação do carvão, além da maior dinâmica nos sectores de transportes e comunicações, construção e serviços financeiros.
No mesmo período em análise, o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer em redor dos 7,9%, contra 7% de 2014, segundo projecções avançadas pelo Ministério das Finanças no seu documento de análise da sustentabilidade da dívida pública de Setembro de 2014.
A mesma fonte refere ainda que o crescimento do PIB de 2014, na taxa de 7%, resultou do processo de recuperação dos diferentes sectores da economia que tiveram um desempenho abaixo do esperado, em 2013, devido ao impacto severo das cheias que assolaram o país no primeiro trimestre do mesmo ano.
Salienta o Ministério das Finanças que o desempenho notável para o presente ano de 2015 é esperado nos sectores de agricultura, indústria extractiva, construção, transportes e comunicações, serviços financeiros, electricidade e de água e comércio, ajuntando que a projecção do PIB, a médio prazo, mostra um crescimento robusto cuja média esperada é de cerca de 7,6% entre 2014 e 2019.
Os principais motores do crescimento económico nessa altura serão a implementação de alguns investimentos em infra-estruturas estruturantes inscritos no Programa Integrado de Investimento (PII), aumento significativo da produção e exportação do carvão mineral, bem como da capacidade em infra-estruturas de logística para a exportação do carvão, maior dinâmica nos sectores de transporte e comunicações, construção e serviços financeiros.
A longo prazo, ou seja, a partir de 2020, os sectores que mais contribuirão para o crescimento económico são as indústrias transformadora extractiva, transportes e comunicações, construção e da electricidade e água, devido aos elevados investimentos previstos nestes sectores e à implementação das estratégias e políticas de desenvolvimento sectoriais contidas na Estratégia Nacional de Desenvolvimento acabada de ser aprovada pelo Governo.
Explica o Ministério das Finanças que as projecções indicadas não incluem a produção do Gás Natural Liquefeito (GNL) a iniciar-se em 2020, para em seguida apontar que a inflação medida pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPC) mostra que há riscos de uma ligeira aceleração de 2013 a 2015, prevendo-se que atinja cerca de 5,6%, em 2015, em resultado de pressões inflacionistas na região Austral de África, bem como à orientação expansionista das políticas orçamental e monetária acomodatícias.
Défice da Conta Corrente
No que respeita ao défice da Conta Corrente, o Ministério das Finanças indica que, a médio prazo, está projectado que venha a estar acima dos 45% devido ao volume de importações relacionadas com a produção do Gás Natural Liquefeito e que o mesmo será financiado pelo Investimento Directo Estrangeiro e pelo Investimento Externo Privado, enquanto a longo prazo espera-se que atinja uma média de 17%, advindo do aumento do volume de exportações de carvão e melhorias de transportes, bem como do início da produção do GNL.