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Houve negligência na morte de gente por naufrágio na Zambézia

Um inquérito levado a cabo por uma equipa de especialistas, com vista a apurar as causas do naufrágio da embarcação “Tambo 1”, a 11 de Junho último, no distrito de Chinde, na província da Zambézia, concluiu que houve desleixo por parte do proprietário do barco, ao permitir levar a bordo 40 passageiros, contra 30 recomendados, além de 500 quilogramas de carga.

Apurou-se igualmente que no dia em que ocorreu este sinistro havia mau tempo e a viagem devia ter sido cancelada. Na sequência do referido naufrágio, pelo menos 21 pessoas perderam a vida.

Unaite Mustafa, administrador marítimo na província da Zambézia, disse ao @Verdade que os corpos das vítimas foram todos resgatados numa operação que envolveu as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Contudo, alguns cadáveres em número não especificado foram enterrados no Chinde porque estavam decompostos.

Face a este problema, o governo da província da Zambézia ordenou que o proprietário do barco fosse criminalmente responsabilizado estando em curso um processo nesse sentido.

Outra medida tomada pelo executivo de Joaquim Veríssimo foi a interdição do exercício de tráfego fluvial da embarcação em causa até que o proprietário cumpra todas exigências da inspecção de navegação marítima no que tange à segurança.

“Decidiu-se que a fiscalização será feita exclusivamente por fiscais dos conselhos comunitários de pesca em coordenação com o Instituto Nacional da Administração Marítima”, disse Unaite Mustafa.

De referir que a 07 de Julho passado registou-se outro naufrágio que resultou na morte de 20 indivíduos na região de Muende, no distrito de Chinde. Está em curso um inquérito sobre esta desgraça, que parece ter derivado, sobretudo, do excesso de carga e da inobservância de outras normas de navegação marítima.

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