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Hospital da China oferece aos homens oportunidade de experimentar as dores do parto

Um hospital do leste da China está a oferecer aos futuros pais a oportunidade de experimentar as dores do parto, depois de várias mães queixaram-se da falta de solidariedade dos seus parceiros.

Duas vezes por semana, são realizadas sessões gratuitas numa maternidade de Aima, na província de Shandong, e cerca de 100 homens inscreveram-se para serem torturados.

A maioria aguarda ansiosamente a paternidade, mas há aventureiros entre os voluntários das “sessões de tira-gosto”. Nas simulações, almofadas ligadas a um dispositivo são colocadas acima do abdômen e dão choques que induzem dores.

As cobais retorcem-se de agonia durante cerca de cinco minutos enquanto uma enfermeira aumenta a intensidade gradualmente numa escala de um a dez. Song Siling, que está a tentar ter um filho com a namorada, fechou os olhos e fez caretas enquanto a agulha no monitor dos eletrodos saltava.

“Parecia que o meu coração e os meus pulmões estavam a ser arrancados”, disse Song, que chegou ao nível sete antes de gesticular freneticamente para que a enfermeira desligasse o aparelho.

Outros retiraram-se depois de alguns minutos por não suportarem a dor. Apesar do constrangimento evidente, a enfermeira de plantão afirmou que as simulações jamais equivalem ao tormento de um verdadeiro parto.

“Mesmo assim, se os homens puderem experimentar esta dor, serão mais amorosos e cuidadosos com suas esposas”, disse Lou Dezhu. Wu Jianlong, que aguentou o suplício até o nível dez, diz que a experiência mudou radicalmente a sua visão sobre o parto.

“Como todas as mulheres têm filhos e normalmente leva bastante tempo, pensava que era algo natural, algo normal que elas conseguem aguentar”, afirmou. Wu, cuja esposa está grávida de três meses, gritou de dor e cerrou os punhos antes de ceder e pedir à enfermeira que parasse.

Ao contrário do que acontece no Ocidente, é menos comum para os chineses estarem na sala de parto quando as suas mulheres dão à luz. Alguns hospitais públicos nem permitem a sua entrada, mesmo que eles queiram.

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