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Hospitais de Maputo abortaram mais de seis mil gravidezes este ano

Há cada vez mais abortos institucionais a serem praticados na capital do país, facto que tira sono à Direcção de Saúde da Cidade de Maputo. No primeiro semestre deste ano os hospitais da cidade de Maputo abortaram 6.775 gravidezes, contra 4.500 de igual período do ano passado.

Os principais motivos deste aumento, segundo aponta a directora de Saúde da cidade de Maputo, Páscoa Wate, são a prática de relações sexuais desprotegidas, gravidezes indesejadas e a falta de planeamento familiar no seio das comunidades.

Páscoa Wate diz que as autoridades de saúde reforçaram as campanhas de sensibilização, mas o fenómeno mantém a tendência de subir.

Anualmente, acrescenta Wate, mais mulheres em idade fértil que procuram pelos serviços de saúde para abortar, inclusive mulheres que têm condições para evitar tal acto. Aliás, algumas delas morrem na tentativa de interromper um feto.

De acordo a interlocutora do @Verdade, outras mulheres dirigem-se aos hospitais por causa de complicações derivadas de abortos inseguros feitos algures e sem nenhuma assistência médica. Outras ainda morrem a caminho do hospital.

“Os abortos clandestinos são outra preocupação. São tidos como uma forma fácil e acessível para resolver o problema de uma gravidez indesejada”, comenta.

De acordo com Páscoa Wate, o aborto clandestino é uma das principais causas da mortalidade materna, apesar das intervenções feitas pelas autoridades sanitárias no país.

Ela vaticina que enquanto os pais não dotar os seus filhos, no geral, de informação suficiente em relação aos riscos e consequências do aborto, mais mulheres vão abortar e o assunto estará fora controle das autoridades de saúde.

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