A segunda fase do Programa de Reforma do Sector Financeiro (AFCF), iniciada esta quinta feira (27) até 2013, dispõe de 960 mil euros, o equivalente a 36 milhões de meticais, para expandir os serviços bancários para as zonas rurais no país. A primeira abrangeu 15 projectos e custou 27 milhões de meticais.
A AFCF foi lançada esta quinta-feira em Maputo e é implementado pelo Banco de Moçambique em apoio ao Governo na melhorar da solidez e da eficácia do sistema financeiro.
O gestor de projectos do banco alemão de desenvolvimento KFW, Bodo Schmülling, disse que o dinheiro ora alocado poderá tornar as instituições financeiras nacionais mais robustas e dinâmicas nas suas acções de garantir que mais zonas rurais tenham serviços bancários a curto prazo.
Schmülling espera que haja articulação entre as instituições bancárias na providência dos seus serviços para a população rural e facilitem o acesso ao crédito, às poupanças, seguros e entre outros serviços financeiros.
De acordo com Schmülling, a crise financeira mundial não está a abalar Moçambique. Apontou como evidência disso o facto de a primeira fase do AFCF ter superado as expectativas porque alargou ainda mais o sector financeiro e inovou os seus serviços.
Por seu turno, o representante do Banco de Moçambique, Umaia Mahomed, referiu que o projecto em alusão poderá acelerar a reforma do sector financeiro no país e a introdução da moeda electrónica de modo a acompanhar o crescimento destes serviços em curso nos países vizinhos.
Segundo Mahomed o investimento vai permitir que haja um rápido crescimento económico, aumento da abrangência do apoio financeiro e a redução significativa da pobreza que afecta grande parte da população moçambicana.