O nigeriano Aliko Dangote, tido como o homem mais rico de África, com uma fortuna avaliada em cerca de USD 20,2 biliões, está interessado em montar uma fábrica de cimento em Moçambique.
Para o efeito, o empresário criou em Janeiro de 2014 a empresa Dangote Quarries Mozambique Limited, subsidiária do Grupo nigeriano Dangote, líder do sector do cimento em 14 países africanos onde opera, e tem uma capacidade de produção de cerca de 30 milhões de toneladas por ano, segundo apurou-se de fonte da empresa em Maputo, sem, no entanto, revelar o valor de investimento a ser aplicado.
Fazem parte da estrutura accionista da Dangote Quarries Mozambique Limited três empresários nigerianos e uma companhia sul-africana de exploração mineira que adquiriu em 2013 cerca de 1,5% das acções do grupo Dangote, num negócio que rendeu USD 290 milhões ao homem mais rico de África.
O grupo está também de olhos noutros sectores da indústria extractiva em Moçambique, em particular, investimento em refinaria de petróleo, açúcar e sal, para além da esfera de produção de bens alimentares e financiamento de acções de apoio a causas sociais.
A aposta em Moçambique surge no âmbito do projecto de expansão das actividades do grupo Dangote para países africanos potenciais produtores de petróleo, uma vez que as suas refinarias erguidas na Nigéria estão num estado de deterioração, situação que está a obrigar a empresa a investir cerca de nove mil milhões de dólares na construção de uma nova refinaria naquele país.
Refira-se que no que respeita à componente de responsabilidade social, Aliko Dangote doou nos últimos 12 meses cerca de USD 100 milhões nos 14 países africanos em que o seu império empresarial está a investir.