A Holanda deverá adoptar uma nova forma de conceder ajuda financeira a Moçambique em resultado da crise financeira que abala a Europa e também a mudança de Governo durante eleições parlamentares de Junho 2010 ganhas pelo Partido Liberal (VVD) com 31 assentos no Parlamento.
“O Conselho de Ministros do meu país decidiu, semana finda, que devemos pensar nas novas formas de ajudar Moçambique”, indicou Frédérique de Man, embaixadora dos Países Baixos (Holanda), em Moçambique, falando esta terça-feira ao Correio da manhã, em Maputo.
Man ressalvou que isso não quer dizer que “haverá cortes nos fundos para Moçambique destinados a impulsionar projectos de desenvolvimento”, especificando que apenas a forma de agir e conceber tais financiamentos é que deverá mudar. “O Parlamento e a sociedade civil do meu país vão-se pronunciar dentro em breve e tomarão decisões concretas sobre o assunto”, realçou Frédérique de Man, frisando, entretanto, que não haverá cortes nos fundos que têm sido canalizados para Moçambique.
A título de exemplo, a embaixadora da Holanda, em Moçambique, disse que a partir de Junho próximo o seu Governo vai começar a desembolsar os cerca de 18 milhões de euros aprovados para o reforço do Orçamento do Estado de 2011 de Moçambique. A uma pergunta do jornal sobre se aquele valor foi ou não reduzido face ao de 2010, Frédèrique de Man disse que continua o mesmo “e penso que não será a crise da Europa ou mudança do governo que o financiamento a Moçambique vai reduzir”, vincou aquela diplomata.
Frédérique de Man falava esta terça-feira à sua saída de um encontro com a presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, que tratou de prospecção de áreas de cooperação entre os parlamentos de Moçambique e dos Países Baixos relativos à formação e capacitação dos deputados moçambicanos na área legislativa, segundo a presidente da AR.
