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HIV/SIDA: Moçambique já usa tecnologias simplificadas para testar carga viral

Moçambique está na vanguarda no uso de tecnologias simplificadas para o exame laboratorial do CD4 em pessoas padecendo de HIV/SIDA, facto que está a permitir a testagem e tratamento de pacientes residentes em zonas mais recônditas do país.

Ilesh Jani, Director do Instituto Nacional de Saúde, disse que com base nesta iniciativa, que se enquadra num projecto orçado em 800 mil dólares norte-americanos e que está a ser implementada há quase dois anos, obtém-se os mesmos resultados que os das técnicas mais qualificadas.

A testagem é feita por unidades móveis compostas por duas pessoas nas províncias do Niassa, Norte, e agora, em Gaza, Sul do pais, com recurso a uma simples máquina, espécie de microscópio com entre três e quatro quilos de peso, produzida na Alemanha, e equipada com um ‘software’ que determina a contagem do CD4.

Em Niassa, uma brigada móvel usando uma canoa tem estado a testar pessoas nas aldeias ao longo do Lago Niassa, numa actividade comunitária que, segundo sublinhou a fonte, “não há ninguém no mundo que faz isso”.

Assim, segundo Jani, estas brigadas que chegam a percorrer em dois meses cerca de 220 quilómetros não medicam, mas sim fazem o controlo do CD4 para que as pessoas possam procurar o tratamento.

Os pacientes, tanto os que estão a receber tratamento anti-retroviral, como os que ainda não atingiram essa fase, têm o controlo de CD4 garantido no local de residência, facto que contribui para a retenção dos doentes em tratamento que já não precisam de percorrer longas distancias para fazerem o teste.

“Tendo em conta que Niassa foi o projecto-piloto, esperamos ter os resultados finais de Gaza ainda este ano para avançarmos”, disse Jani, falando semana finda, em Maputo, a margem da reunião de planificação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

A maquina, segundo apurou a AIM, é tão simples que o operador não precisa de nenhum treino especifico, sendo Moçambique o primeiro pais no mundo a demonstrar a utilização desta técnica que produz impacto imediato na vida do paciente.

“Isto representa um investimento reduzido para o exame de CD4 com resultados de eficiência altíssima, que Moçambique tanto precisa”, sublinhou Ilesh Jani.

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