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HIV/SIDA : 25 milhões de mortos, mas contágio caiu 17% em oito anos

Um total de 25 milhões de pessoas morreu vítimas da HIV-SIDA desde o surgimento da doença e 60 milhões foram infectadas, mas o número de novos contágios caiu 17% nos últimos oito anos, informa um relatório divulgado na terça-feira pela UNAIDS.

“Desde o início da epidemia, quase 60 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 25 milhões de pessoas morreram por razões vinculadas ao HIV”, afirma o relatório anual do organismo da ONU, elaborado em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A tendência em oito anos indica uma redução de 17% das novas infecções desde 2001. A maioria dos progressos é observada na África subsaariana”, completa o documento.

“A boa notícia é que temos provas de que as reduções que observamos se devem, ao menos parcialmente, à prevenção”, comemora o director executivo da UNAIDS, Michel Sidibé. “A doença entrou em uma fase mais endêmica, mais estável”, afirmou à imprensa em Genebra Paul de Lay, director executivo adjunto. A África subsaariana continua sendo a região do mundo mais afectada, com 67% do conjunto de pessoas que vivem com o HIV e 72% das mortes vinculadas à Aids em 2008, segundo os dados da UNAIDS.

A Suazilândia permaneceu em 2007 o país mais infectado do planeta, com um índice de prevalência (proporção de pessoas que sofrem a doença em relação ao total da população em estudo) do HIV, com 26% da população adulta. No entanto, desde 2001 o número de novas infecções na África subsaariana caiu 15%, o que representou quase 400.000 infecções a menos em 2008. “Graças à eficácia das terapias antirretrovirais, as pessoas infectadas vivem mais tempo e há mais pessoas que nunca infectadas pelo HIV – 33,4 milhões de portadores do HIV no mundo”, destaca o estudo.

Assim, o número de mortes provocadas pelo HIV/SIDA caiu mais de 10% nos últimos cinco anos. Segundo as estatísticas da UNAIDS e da OMS, quase três milhões de vidas foram salvas desde que um tratamento eficaz ficou disponível em 1996. Além disso, a terapia teve um “impacto considerável na prevenção de novas infecções nas crianças”, impedindo 200.000 infecções de mãe para filho desde 2001.

Mas os modos de transmissão da enfermidade evoluíram em algumas regiões do mundo, sem uma adaptação das campanhas prevenção, lamenta a UNAIDS, que ressalta que poucas campanhas são direcionadas a pessoas com mais de 25 anos e aos casados ou envolvidos em relações estáveis. “Por exemplo, a epidemia na Europa oriental e na Ásia central, que se caracterizava antes pelo consumo de drogas injetáveis, se propaga agora aos casais com pessoas que injectam drogas”, explica a agência da ONU.

“Em algumas partes da Ásia, a epidemia – que antes era alimentada por uma transmissão do vírus pela prostituição e o consumo de drogas injetáveis – afeta cada vez mais os casais heterossexuais”, afirma o organismo.

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