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Hissene Habré condenado à prisão perpétua em Dakar

O ex-Presidente tchadiano, Hissène Habré, foi condenado esta segunda-feira em Dakar, à reclusão perpétua, por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e actos de torturas durante o seu regime de 1982 a 1990.

No termo do seu julgamento, iniciado a 20 de Julho de 2015 diante das Câmaras Africanas Extraordinárias, o procurador-geral, o Senegalês Mbacké Fall, requereu contra o acusado uma reclusão perpétua contra “libertação pura e simples” deste último pedida por seus advogados da defesa.

O veredicto foi pronunciado depois de três meses de deliberação. Destituído do poder em 1990, por meio de um golpe de Estado, pelo actual Presidente tchadiano, Idriss Deby Itno, Habré vive desde então em exílio no Senegal.

Foi depois detido devido a queixas depositadas contra si por organizações tchadianas de defesa dos direitos humanos e associações das vítimas do seu regime, tendo sido aprisionado em Julho de 2013 e colocado em detenção provisória por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e actos de tortura logo depois.

O julgamento, liderado por um juiz burkinabe, Gberdao Gustave Kam, foi marcado, entre outros actos, pelo boicote dos advogados da defesa e pelo mutismo de Habré durante todo o seu julgamento. Para “garantir um julgamento equitativo”, o tribunal convocou oficialmente advogados senegaleses para defenderem o acusado.

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