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Heineken anuncia compra da mexicana Femsa

O grupo de cerveja holandês Heineken anunciou na segunda-feira a compra da Fomento Econômico Mexicano (Femsa Cerveza), por meio de uma transação de acções de 7,7 bilhões de dólares (5,3 bilhões de euros), o que deixa a empresa bem posicionada na América Latina.

“A Heineken… vai criar a uma grande nova plataforma para o crescimento com a aquisição das actividades de cerveja da Femsa com uma transação de ações”, afirma a empresa holandesa em um comunicado. “A Heineken vai adquirir a Femsa Cerveza, o que inclui 100% das operações de cerveja da Femsa no México e 83% do negócio de cerveja da Femsa no Brasil, que a Heineken não possuía ainda”, completa o texto.

“Com base na cotação da ação da Heineken a 32,925 euros em 8 de janeiro, isto avalia a FEMSA em 3,8 bilhões de euros”, explica o comunicado. A Heineken também assumirá as dívidas da empresa e as obrigações de aposentadoria, o que eleva o custo total da aquisição a 5,3 bilhões de euros. A Femsa, que possui as marcas de cerveja Dos Equis, Tecate e Sol, passará a possuir 20% das ações do grupo Heineken. Deste modo se torna a segunda acionista do grupo holandês e terá dois representantes na directoria.

O diretor executivo da Femsa, José Antonio Fernández Carbajal, afirmou que “no contexto da reconfiguração do cenário mundial da cerveja, a diversificação geográfica e de escala é mais importante que nunca, e esta transação responde a este imperativo”. “A transação aumenta a flexibilidade operacional e financeira da Femsa”, destacou. A Femsa é a maior engarrafadora da Coca Cola na América Latina e sua divisão cerveja tem 14 fábricas no México e Brasil, onde produz 35 marcas. A negociação deve ser concluída no segundo trimestre de 2010 e será submetida à aprovação dos acionistas dos dois grupos.

O anúncio da Heineken foi uma surpresa, já que tudo dava a entender que a Femsa Cerveza seria vendia ao grupo sul-africano SABMiller, segundo o Wall Street Journal. “É uma transação fundamental para a Heineken”, declarou o director executivo do grupo holandês, Jean-François van Boxmeer. “Vamos nos transformar em um actor muito mais poderoso e mais competitivo na América Latina, um dos mercados mais rentáveis e que se desenvolve com mais rapidez no mundo”, afirmou.

“Esta aquisição reforça de forma considerável nossa posição no mercado global de cerveja, aumenta nossa carteira de marcas internacionais e reforça nossa posição no mercado de importação nos Estados Unidos”, acrescentou. A Heineken, fundada no século XIX em Amsterdã, produz e vende quase mais de 100 marcas de cerveja, entre elas Amstel, Cruzcampo, Birra Moretti, Foster’s, Murphy’s, Primus e Newcastle, e tem 56.000 funcionários no mundo.

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