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Guerra, contrabando e redução do consumo originam queda nas vendas das Cervejas de Moçambique

A empresa Cervejas de Moçambique, registou no ano fiscal findo em Março de 2014 um decréscimo de um por cento do volume total de vendas de bebidas em relação ao ano anterior. A guerra, o contrabando e redução do consumo originaram a queda do lucro antes de impostos e do lucro líquido, que ficaram três e sete por cento, respectivamente, abaixo do ano anterior.

Segundo o jornal Notícias, esteve na origem desta primeira quebra nas vendas e nos lucros da cervejeira nacional, uma subsidiária da SABMiller, vários factores externos, nomeadamente a tensão político-militar e o impacto no consumo, o elevado volume de contrabando de cerveja a partir da África do Sul e a redução do consumo privado.

As receitas da CDM atingiram cerca de 9851 milhões de meticais, contra 9062 milhões do ano transacto, enquanto o lucro do exercício situou-se em cerca de 1425 milhões de meticais, contra 1524 milhões de meticais do exercício anterior.

Apesar de os resultados globais da empresa terem ficado aquém da expectativa, algumas marcas de cerveja tiveram um desempenho positivo, tendo a 2M reforçado a liderança como a marca mais vendida no país, com um crescimento de 12 por cento em relação ao ano anterior, aproximando-se a um marco de um milhão de hectolitros vendidos anualmente.

A Impala, cerveja produzida à base de mandioca localmente adquirida, verificou um crescimento na ordem 7 por cento em relação ao último exercício económico. Esta cerveja, lançada em Outubro de 2011, já alcançou a compra de 9000 toneladas de mandioca a mais de 6000 pequenos agricultores para produção de 28 milhões de garrafas.

Este desempenho gerou uma renda para os camponeses na ordem dos 13 milhões de meticais pela venda da mandioca, tendo o Estado moçambicano arrecado 143 milhões de meticais em impostos directos e indirectos (IVA e ICE).

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