A convite do Governo francês, o Presidente da República, Armando Guebuza, deverá efectuar, nos dias 27 e 28 do mês em curso, uma visita de dois dias àquele país europeu onde o seu objectivo será atrair investimentos para os sectores público e privado moçambicanos, informou o porta-voz do Chefe do Estado, Edson Macuacua, nesta sexta-feira (20), em Maputo.
Esta deslocação acontece, porém, numa altura em que as informações relativas à encomenda de 30 barcos feita por Moçambique a uma empresa francesa continuam não devidamente esclarecedoras, uma vez que na última terça (17), o porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, em resposta à Imprensa sobre essa matéria, disse desconhecer o assunto, mas em contra partida, no mesmo dia, o ministro de Planificação e Desenvolvimento teria conformado a um jornal da praça o andamento desse negócio avaliado em 300 milhões de euros. Ou seja, a encomenda de 30 barcos feita à Constructions Mécaniques de Normandie.
Entretanto, antes da ida à França, o Chefe do Estado moçambicano deverá primeiro participar, nos dias 23 e 26 na Assembleia-geral das Nações Unidas. Nesse encontro, segundo Edson Macuacua, as intervenções de Guebuza deveram focalizar a questão da paz e segurança internacionais e na luta contra a pobreza.
No primeiro aspecto, Guebuza irá falar da necessidade de se reforçar, a nível global, a cooperação multilateral em prol da segurança e paz mundial para que as nações possam continuar a produzir o bem-estar, disse Macuacua.
No segundo aspecto, Guebuza deverá destacar a necessidade da continuidade de uma luta conjunta contra a pobreza no mundo. “Irá defender a posição de que o fim de prazo de agenda de desenvolvimento estabelecido pelas Nações Unidas, previsto para 2015, não significa o fim da aliança global das nações na luta contra a pobreza.”
O Chefe do Estado poderá, ainda, à margem deste encontro, reunir com várias personalidades com o objectivo de reforçar as relações bilaterais e multilaterais entre Moçambique e outras nações e organizações.