Armando Emílio Guebuza tomou posse esta quinta-feira como terceiro Presidente da República de Moçambique, função que irá desempenhar pelo segundo mandato consecutivo, depois de suceder Joaquim Alberto Chissano nas eleições presidenciais de 2004, numa cerimónia que decorreu em Maputo, na Praça da Independência, testemunhada por milhares de moçambicanos e representantes de mais de 70 países, entre presidentes e vice-presidentes de parlamentos, ministros, vice-ministros, embaixadores, entre outros.
Guebuza, que venceu a eleições de 28 de Outubro do ano passado com 75.01 % dos votos contra 16.41 do Afonso Dhlakama e 8.59 % de Daviz Simango, no seu discurso de posse, prometeu prosseguir o trabalho realizado no mandato anterior e cumprir as promessas eleitorais destancando o combate contra a pobreza absoluta e a corrupção no país.
Durante o acto, Armando Guebuza jurou por sua honra ”respeitar e fazer respeitar a constituição, desempenhar com fidelidade o cargo de Presidente da República de Moçambique, dedicar todas as suas energias à defesa, promoção e consolidação da unidade nacional, dos direitos humanos, da democracia, do bem-estar do povo moçambicano e fazer justiça a todos os cidadãos”.
Nascido na província de Marrupula, Armando Emílio Guebuza, nasceu a 20 de Janeiro de 1943. Casado, tem quatro filhos e dois netos. Juntou-se a Frelimo em 1964. Em 1968 é nomeado inspector das escolas do seu partido, em 1970 indicado comissário político nacional e no mesmo ano ministro do interior.
É nomeado em 1977 vice ministro da defesa, em 1981 governador da província de Sofala e em 1983 novamente ministro do interior. Em 1984 é indicado ministro da presidência, responsável pela coordenação das áreas da agricultura, comércio, indústria ligeira e turismo, assim como para a cooperação com a China, Coreia do Norte, Paquistão e Vietname.
Em 1986 assume a pasta dos transportes e 1990 foi indicado chefe da delegação do Governo nas conversações de Roma, que resultaram na assinatura do acordo geral de paz, em 1992. Em 1994 foi designado chefe da bancada da Frelimo, no primeiro parlamento multipartidário. Em 2000 é escolhido por consenso pelas partes em conflito no Burundi para presidir a comissão sobre as garantias para a implementação do acordo de paz.
Em 2002 é eleito secretário-geral da Frelimo, e em 2004 eleito para o seu primeiro mandato como Presidente da República de Moçambique.