O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, recebeu cartas credencias dos embaixadores de Seychelles, Malásia e Nova Zelândia. Trata-se de Neollie Alexandre, Kennedy Jawan e Geoffrey John Ranal, respectivamente, que estão baseados na cidade sul-africana de Pretória, que irão cobrir Moçambique.
O Ministro moçambicano dos Negócios e Cooperação, Oldemiro Baloi disse a imprensa, na ocasião, que o desafio do Governo de Moçambique é elevar as relações económicas com os três países ao nível das “excelentes” relações diplomáticas e políticas.
Segundo Baloi, a cooperação entre Moçambique e os três países é concentrada em áreas específicas, nomeadamente turismo e pesca, formação técnico-profissional e ciência e tecnologia, bem como agricultura. “Há excelentes relações diplomáticas e políticas entre os países, mas hoje foi lançado o desafio de a cooperação económica procurar estar a altura das relações de cooperação já existentes”, disse. “A cooperação é concentrada.
Com a Malásia existe cooperação na formação técnico -profissional, ciência e tecnologia e temos connosco uma empresa malaia a fazer prospecção e pesquisa de petróleo (Petronas). Com a Nova Zelândia há cooperação na agricultura e turismo. Eles são muito bons nessas duas áreas.
Com Seychelles a cooperação é basicamente nas áreas da pesca e turismo, embora neste momento estejam a passar por um momento muito difícil por causa da pirataria o que afecta, de alguma maneira, estas actividades”, explicou. Para o chefe da diplomacia moçambicana, estas possibilidades precisam ser melhor aproveitadas de forma a responder as necessidades que o país tem nos vários domínios. “Neste momento falta agressividade da parte moçambicana para explorar as oportunidades de cooperação económica com estes países. Normalmente os países privilegiam a cooperação regional, e a nossa política externa está virada em primeiro lugar para a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)”, revelou.
Durante a apresentação das cartas credencias, Guebuza e os embaixadores abordaram a crise financeira internacional que está a afectar, sobremaneira, a Nova Zelândia e Seychelles. “A situação da Nova Zelândia é muito grave e o Governo adoptou um pacote financeiro para alavancar a economia. Nas Seicheles a situação é dramática porque é um país altamente endividado e a sua situação não está boa.
A crise tem implicação na cooperação entre Moçambique e esses países. Mas, para nós, a crise é uma oportunidade. Os investimentos podem ser transferidos para cá porque precisamos produzir muito para o consumo, reduzindo assim as importações. Ainda, podemos exportar o excedente”, salientou.
Nessas cooperações, Moçambique espera transmitir a sua experiência de desenvolvimento do turismo, bem como dos parques transfronteiriços, como contrapartida.