A Renamo considera que o Presidente da República, Armando Guebuza, insultou os cristãos ao chamar os que criticam a si e a sua governação de apóstolos da desgraça.
Nos últimos tempos, o Presidente da República notabilizou-se pela sua insistente capacidade de responder, atribuindo nomes a cidadãos que se opõem ao seu estilo de governação. A estes Guebuza já chamou de “detractores”, “tagarelas” e até “apóstolos da desgraça” .
No entender do membro sénior do partido Renano, António Muchanga, ao designar os cidadãos que apontam problemas na sua governação de “apóstolos da desgraça” o PR estava a “insultar os cristãos pois o apóstolo é um propagandista dedicado a uma ideia ou missionário de fama”. Por outras palavras, “apóstolo é um emissário, um enviado para cumprir uma missão que no sentido cristão refere-se aos enviados por Cristo para espalhar e defender o Evangelho; pelo que o apóstolo é o garante da doutrina Cristo”.
PGR atira toalha ao chão
As recentes declarações feitas pelo Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Paulino, sobre a necessidade de haver purificação das fileiras nos órgãos que administram a Justiça mereceram, por parte do quadro sénior da Renamo, uma reacção categórica. Muchanga diz que “o PRG atirou a toalha ao chão à semelhança do que aconteceu com os seus antecessores”.
A fonte entende que Augusto Paulino devia ter dado indicações concretas das medidas que ele teria tomado no sentido de “purificar as fileiras na Procuradoria onde é titular”. “Os órgãos de administração da Justiça, através do Procurador-Geral da República, deixaram claro que com a sua actuação e tipo de titulares que os dirigem não haverá a curto e médio prazo resultados tangíveis no combate dos crimes que dilaceram o país”.