O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, empossou, terça-feira, em Maputo, o novo reitor e a respectiva vice-reitora da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) , nome adamente Orlando Quilambo e Ana Maria da Graça Monjane.
Falando no fim da cerimónia havida no gabinete presidencial, Guebuza destacou a necessidade de a UEM continuar a expandir-se para mais pontos do país, colocando o ensino superior mais próximo do moçambicano, sempre sedento de mais conhecimento para melhorar a sua vida.
Segundo o estadista moçambicano, a expansão do ensino superior na UEM deve prosseguir em resposta a diversos factores, com particular realce para a democratização do acesso à educação que o país tem vindo a impulsionar e a praticar desde 1962, e com maior realce desde a independência nacional, em 1975.
“Po d emo s t amb é m destacar o advento da era da sociedade do conhecimento – a chamada nova economia; a expansão significativa da rede escolar nos níveis da educação primária, secundária e média”, afirmou Guebuza.
Na lista da multiplicidade de factores, o Presidente destacou ainda a crescente consciência dos moçambicanos sobre a importância da formação de nível superior para o desenvolvimento social e económico das famílias e de toda a nação moçambicana.
O Chefe de Estado disse, por outro lado, que a abordagem da qualidade vista numa perspectiva multidimensional deve estar no epicentro das atenções da reitoria daquela que é a maior e mais antiga instituição de ensino superior no país.
Para o efeito, Guebuza apontou, a título de exemplo, a formação qualitativa oferecida aos estudantes; a qualidade do corpo docente que dá essa formação; as condições em que essa formação é oferecida, bem como o resultado da pesquisa e extensão e, sobretudo, a relevância desses resultados na implementação da agenda de luta contra a pobreza que é também agenda da UEM.
O debate da questão da qualidade deve, segundo Guebuza, permitir aferir, com objectividade, isenção e de forma regular questões como a empregabilidade dos graduados, isto é, o potencial para uma rápida adaptação ao mercado nas suas áreas de especialidade e a reacção do proprio empregador.
“O carácter empreendedor dos graduados, quer dizer, que não procuram apenas o emprego, mas que estão capacitados para eles próprios criarem oportunidades de emprego para si e para outros cidadãos no ambiente cada vez mais competitivo do nosso mercado”, sublinhou o Presidente.
O estadista moçambicano apelou também a nova direcção para que continue a promover o diálogo e a encorajar a participação de todos, isto é, dos professores, pesquisadores, estudantes, trabalhadores e colaboradores na identificação e superação dos obstáculos que se colocam no crescimento e afirmação da UEM.
A cerimónia de tomada de posse foi testemunhada por vários membros do governo e outras entidades do circuito académico superior no país.