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Guebuza diz que não vai abandonar “Presidência aberta”

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, reiterou que nunca vai abandonar a “Presidência Aberta e Inclusiva”, estilo de governação que considera que “é verdadeiramente uma forma democrática de governar e fazer com que as populações também participem activamente nesse processo”. “Estamos no caminho correcto e a melhor prova disso é o que a população diz. A verdadeira forma democrática de governar é fazer com que as pessoas participem activamente nessa mesma governação”, disse Guebuza, falando Domingo na vila sede de Quissico, distrito de Zavala, em conferência de imprensa que marcou o final da sua governação aberta e inclusiva a província de Inhambane, ultima do mandato prestes a terminar.

Quanto as correntes, principalmente da oposição, que advogam que a “Presidência Aberta e Inclusiva só “esbanja dinheiro” do erário público, Guebuza disse que os autores dessas vozes devem estar equivocados. Segundo Guebuza, numa acção de governação é normal que se gaste dinheiro. “Em termos de gastos eles devem estar equivocados. Nenhuma acção de governação se faz sem gastar dinheiro.

Onde se trabalha gasta se dinheiro. Caso contrário, essas mesmas pessoas diriam que este Governo nem se quer trabalha”, explicou o estadista moçambicano, que desde que tomou posse em Fevereiro de 2005 ate hoje conseguiu visitar todos os 128 distritos do país. Guebuza afastou qualquer possibilidade de vir, algum dia, alterar esta sua forma de governar, afirmando que “nos pensamos que estamos num caminho certo e que continuaremos a trabalhar assim”.

Indicou que é graças a “Presidência Aberta e Inclusiva” que os níveis de participação da população na governação aumentaram, estando já a serem sistematizados os aspectos que precisam de ser melhorados. Quanto ao fundo de investimento de iniciativa local, vulgo “sete milhões de Meticais”, Guebuza disse que o nível da sua aplicação “é muito bom”. Ele reiterou que o objectivo do fundo é empoderar as populações rurais a serem capazes de definir as suas prioridades e a assumirem as responsabilidades por isso. Uma dessas responsabilidades é o reembolso do dinheiro por parte dos mutuários.

Os Conselhos Consultivos locais, órgãos encarregues pela atribuição e gestão deste fundo, estão já a trabalhar para encontrar melhores formas de recuperar o dinheiro. O baixo índice dos reembolsos tem dado azo a várias interpretações, havendo os que defendem que este fundo devia ser gerido por órgãos independentes. “O Governo é que decide as formas de trabalhar.

A população votou neste Governo e é este mesmo Governo que esta a decidir as formas de trabalhar”, frisou o Presidente da Republica. Quanto ao facto de grande parte dos membros dos Conselhos Consultivos Distritais (CCD) não estarem suficientemente alfabetizados, o que estaria a complicar ainda mais a sua acção como, por exemplo, no uso dos “sete milhões de Meticais”, Guebuza disse que os problemas existem mesmo onde há pessoas suficientemente formadas.

“Mesmo com pessoas formadas temos problemas. Os problemas são resultado da acção humana. No caso dos CCD, temos consciência da dificuldade em compreender certas questões ligadas a gestão. E isso esta sendo resolvido. Hoje a maior parte dos membros dos CCD já esta a estudar”, disse, por outro lado, Guebuza. Segundo o estadista moçambicano, “mesmo assim não significa que não teremos problemas. A humanidade produz problemas e soluções. O processo de desenvolvimento é assim mesmo”.

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