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Guebuza desvaloriza alegada ameaça da al-Qaeda

O presidente moçambicano, Armando Guebuza, não acredita na existência de membros da organização terrorista da al-Qaeda em território nacional, conforme uma notícia veiculada pelo jornal sul africano “Sunday Times”, e reproduzida na edição desta segunda-feira pelo diário independente “O País”.

Guebuza manifestou o seu cepticismo hoje em Nice, uma cidade no sul da França, onde esteve a participar na 25ª Cimeira África-França, um evento de dois dias iniciado na Segunda-feira. “Nós não temos conhecimento disso. Não me parece provável que isso aconteça, e os órgãos ligados a defesa e segurança em Moçambique devem estar muito atentos a essas questões”, disse Guebuza, admitindo, contudo, que as autoridades moçambicanas vão lançar uma investigação face a uma denúncia dessa natureza.

“Também queria dizer que os órgãos de defesa e segurança em Moçambique trabalham em colaboração muito estreita com os órgãos de defesa e segurança da região e, por conseguinte, há troca de informações e, até agora, nós não temos conhecimento ao nível da região de algo dessa natureza”, disse Guebuza respondendo a uma questão levantada pela imprensa moçambicana, durante uma conferência de imprensa minutos após o término da Cimeira África- França. Na sua edição de hoje, “O País” escreve que “alguns dos membros destas células estão a ser acusados de orquestrar ataques terroristas durante o mundial de futebol a decorrer na vizinha África do Sul, a partir do dia 11 do mês em curso”.

Segundo o mesmo jornal, os grupo de terroristas, que inclui cidadãos paquistaneses e militantes somalis, está a ser treinado em matéria de terrorismo nos campos localizados no território nacional, nas província de Nampula e Tete, norte e centro de Moçambique, respectivamente.

Na Segunda-feira, o Ministro sulafricano da polícia, Nathi Mthethwa, desvalorizou as especulações veiculadas pelo “Sunday Times”, sobre as conspirações da parte de certos grupos militantes, incluindo a al-Qaeda, asseverando que o Mundial de Futebol, cujo inicio está agendado para 11 de Junho corrente, não enfrenta nenhuma ameaça de terrorismo.

Segundo a imprensa sul-africana, Mthethwa disse em conferência de imprensa que um grupo de investigadores sul-africanos deslocou-se ao Iraque na sequência da alegada detenção de um alegado militante da al-Qaeda que havia abordado alguns dos seus amigos sobre a possibilidade de atacar as selecções da Holanda e da Alemanha durante o Mundial de Futebol.

Nathi Mthethwa disse que os investigadores descartaram essa ameaça, acrescentando que os extremistas sulafricanos brancos detidos nas últimas semanas em conexão com alguns arsenais de armas são um “grupo de lunáticos”, e que não representam nenhuma ameaça a grande festa do futebol mundial. Aliás, segundo a agência noticiosa “Bloomberg”, a célula da al-Qaeda no Iraque refutou na semana passada as alegações de que estaria a esboçar planos para atacar o Mundial de Futebol da África do Sul.

“Refutamos totalmente essa notícia”, disse o grupo num comunicado emitido na noite de 24 de Maio e que foi colocada nos portais da internet usados pela al- Qaeda. Aquela organização terrorista desmente acusações, afirmando que “os seus sonhos e aspirações”, não se estendem até a cidade de Johanesburgo.

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