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Guebuza convida empresários do golfo a investir em Moçambique

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, convidou, sábado, em Riade, a capital do reino saudita, os empresários dos países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) a investir no país, sobretudo na área da Agricultura. Fundado em 1981, o GCC integra o Bahrein, Kuwait, Oman, Qatar, Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos.

 

 

Falando durante a sessão de abertura do “Fórum de Investimento Golfo-África 2010”, um evento de dois dias, Guebuza citou um relatório compilado pelo Centro de Pesquisa do Golfo (GRC) de Setembro de 2008, que aborda a questão da segurança alimentar para os países do GCC.

“Nós ficamos satisfeitos em observar que as conclusões e recomendações do relatório referem que Moçambique poderá ser um destino importante dos investimentos na agricultura para países do GCC que estão a busca da sua segurança alimentar”, disse Guebuza.

De acordo com Guebuza, Moçambique possui uma diversidade micro – climática que permite a produção de quase tudo no seu solo. A importância que Moçambique confere a agricultura, levou o governo a embarcar na Revolução Verde.

A agricultura desperta um interesse particular para os países do GCC, cuja inflação está fortemente associada a volatilidade dos preços de alimentos no mercado internacional.

Por isso, este problema constitui um dos maiores desafios para os países do Golfo que, segundo a Organização da Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO), deverá passar a importar cerca de 60 por cento das suas necessidades até finais de 2010.

Este facto é exacerbado pelo seu crescimento demográfico, que deverá duplicar de 30 milhões de habitantes em 2000, para atingir 60 milhões em 2030.

Esta situação terá um impacto na disponibilidade de água para a produção agrícola. Na ocasião, o estadista moçambicano fez um breve historial de Moçambique, vincando que o país vive em completa harmonia onde muçulmanos, católicos, hindus e cidadãos de outras crenças religiosas coabitam num ambiente de paz.

Sobre o desempenho de Moçambique, Guebuza explicou a sua audiência que o país tem vindo a registar uma média de crescimento económico anual de 7,5 por cento há cerca de uma década, caracterizado por um índice de inflação muito baixo. Por isso, as avaliações internacionais sobre Moçambique desenham um cenário muito positivo.

Como testemunho disso, acrescentou Guebuza, Moçambique regista uma melhoria no Ranking sobre o Ambiente de Negócios (Doing Business Report 2010), tendo passado da 135ª para a 126ª posição.

“Moçambique é um país riquíssimo. Por isso, as oportunidades de investimento são infinitas. Investidores do mundo inteiro tem estado a convergir para Moçambique para investir nos vários sectores de actividade”, disse Guebuza, para de seguida explicar que o governo introduziu uma série de reformas para outras melhorias no ambiente de negócios, tais como uma Lei de Trabalho mais flexível, um novo código comercial, um novo código fiscal para beneficiar os investimentos e um mecanismo mais célere para o licenciamento de novas empresas.

O estadista moçambicano também reconheceu os desafios que Moçambique enfrenta na área de infra-estruturas.

“Neste contexto, nos destacamos que temos um potencial de investimentos na construção de estradas e linhas-férreas, usando como modelo parcerias público – privadas. Também existe um enorme potencial na área de produção de energia eléctrica, combinando as energias solar, eólica e hidroeléctrica”, disse o Presidente Guebuza.

No evento, o continente africano fazse representar pelos Chefes de Estado e de Governo de Moçambique, Benin, Zâmbia, Quénia, Senegal e Gana. Também estarão presentes ministros e membros seniores dos governos de outros países africanos, incluindo a África do Sul.

O encontro, organizado pelo Instituto de Investigação do Golfo (GRC) em parceria com o Conselho das Câmaras do Reino da Arábia Saudita (CSC), tem como objectivo debater exclusivamente as relações económicas e examinar as oportunidades de investimento entre os países do GCC e os países da região da África Sub-Sahariana, tendo como enfoque o ambiente de negócios, financiamento e comércio bilateral, agricultura, recursos minerais, energia, infra-estruturas e telecomunicações.

Na sua deslocação a Arábia Saudita, o Presidente da República faz-se acompanhar dos ministros da Agricultura, José Pacheco e dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula.

Moçambique também deverá fazerse representar no evento por uma delegação do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) e da Confederação das Associações Económicas de Moçambique

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