O grupo separatista tuaregue MNLA do Mali afirmou, esta sexta-feira (29), que estava a por fim a um cessar-fogo acordado com o governo em Junho e que pegaria em armas depois da violência em Kidal, no norte do país.
A declaração segue uma série de incidentes, incluindo confrontos na quinta-feira entre as tropas do Mali e os manifestantes que impediram uma visita do primeiro-ministro ao reduto rebelde de Kidal no mesmo dia.
Várias pessoas ficaram feridas, mas houve relatos conflituantes sobre a origem dos ferimentos. “Os braços político e militar do Azawad (MNLA, MAA e HCUA) declaram o cancelamento do cessar-fogo com o governo central em Bamaco”, disse um dos fundadores do MNLA, Attaye Ag Mohamed.
“Todas as nossas posições militares estão em alerta”, disse o comunicado, que pediu à comunidade internacional que considere o governo culpado pelas hostilidades da quinta-feira.
O país do oeste africano está em processo de restaurar a democracia depois de um golpe de Estado no ano passado ter levado islâmicos ligados à Al Qaeda a assumir o controle do norte.
A ofensiva militar liderada pelos franceses derrotou os islâmicos, mas permanece uma tensão entre o governo central e os separatistas tuaregues que exigem uma pátria independente que eles chamam de Azawad. Os dois lados devem iniciar negociações sobre o status da região desértica rebelde.