Um grupo que disse ter sido responsável pelo enorme ataque electrónico contra a Sony Pictures Entertainment exigiu que a companhia cancele o lançamento do filme “A Entrevista”, um longa de comédia sobre uma conspiração para assassinar o líder da Coreia do Norte.
Uma carta publicada num site de compartilhamento de arquivos na segunda-feira pediu que a Sony “pare imediatamente de exibir o filme de terrorismo que pode quebrar a paz regional e causar a guerra”.
A carta foi assinada pelo GOP, apelido do grupo “Guardians of Peace” (Guardiões da Paz, em tradução livre) que disse ter sido responsável pelo ciberataque contra a Sony que começou no dia 24 de Novembro.
O governo da Coreia do Norte denunciou “A Entrevista” como um “patrocínio descarado ao terrorismo, como também um acto de guerra” em carta enviada ao secretário-geral da ONU, Bank Ki-moon.
As pessoas próximas à investigação do ataque contra a Sony disseram que a Coreia do Norte é o principal suspeito, mas um diplomata norte-coreano negou que o seu país tenha envolvimento. A carta incluía links para downloads de vários gigabytes de novos dados supostamente roubados da Sony.
A Reuters não pôde verificar se a carta ou os documentos foram publicados pelo mesmo grupo que revelou outros documentos da companhia. A carta disse também que o GOP não está envolvido num email com ameaças enviado para funcionários da Sony na sexta-feira.
O email em questão dizia ser do grupo. Os documentos divulgados na segunda-feira incluíam um email para a Sony que exigia “compensações monetárias” para evitar “grandes danos” ao estúdio, segundo o website Mashable. O email tinha é de 21 de novembro, de acordo com o relato do Mashable.
As notícias do ataque electrónico vieram a público a 24 de Novembro. Um porta-voz da Sony não tinha comentários sobre a nova carta ou o relato do Mashable. A Sony Pictures Entertainment é uma unidade da japonesa Sony.