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Ébola ainda está a espalhar-se no oeste da Serra Leoa e no interior da Guiné Conacri, segundo a ONU

Mais agentes de saúde estrangeiros são necessários para ajudar a combater a epidemia do Ébola, que está a propagar-se rapidamente no oeste da Serra Leoa e nas florestas do interior da Guiné Conacri, informou uma autoridade de alto escalão da Organização das Nações Unidas (ONU), esta terça-feira (9).

O saldo de mortes do surto do Ébola no oeste africano subiu para 6.331 nos três países mais atingidos, e a Serra Leoa ultrapassou a Libéria como nação com maior número de casos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Sabemos que o surto ainda está a espalhar-se com força no oeste da Serra Leoa e em algumas partes do interior da Guiné Conacri. Não podemos descansar, temos que continuar a esforçarmo-nos”, disse David Nabarro, enviado especial da ONU para o Ébola.

Mais centros de tratamento estão a ser abertos em Serra Leoa, mas eles precisam de mais pessoal treinado, declarou ele num informe à imprensa. “Ainda não temos o número total de centros de tratamento em funcionamento e de locais onde as pessoas doentes possam ser mantidas longe das outras”, afirmou.

“Prevemos a disponibilização de várias centenas de leitos nas próximas semanas, e isso irá acalmar a situação”. O vírus mortal está a disseminar-se especialmente na capital da Serra Leoa, Freetown, e em Port Loko, que precisa de uma reacção mais intensa, disse Nabarro, veterano especialista em saúde pública.

“Embora eu odeie previsões, pelo menos estou confiante de que, a menos que algo saia radicalmente errado, veremos uma melhoria lá (em Freetown). É um pouco como estava a Monróvia entre 4 e 6 semanas atrás, e acho que certamente irá acalmar.”

O aumento de casos do Ébola no oeste da Serra Leoa reflecte o facto de que as comunidades tribais ainda não aceitaram totalmente a epidemia nem agiram para evitar as infecções, disse.

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