A empresa norteamericana de segurança GreySide emitiu um comunicado de imprensa em que apresenta falsas informações sobre os acontecimentos em torno da detenção dos seus agentes, na semana passada, na província de Nampula, Norte de Moçambique.
Quinta-feira última, a Polícia moçambicana (PRM) deteve quatro cidadãos americanos e um de nacionalidade britânica quando acabavam de desembarcar no Aeroporto Internacional de Nampula na posse de diverso material bélico.
Na altura, os agentes americanos tinham uma mala contendo uma arma de fogo do tipo FN 5.5 milímetros, 750 munições, 18 carregadores e quatro rádios de marca Motorola, material bélico que foi inclusivamente filmado pela televisão privada STV.
Na altura da sua detenção, negaram falar a imprensa, mas disseram a Polícia que pertencem ao Grupo GreySide e tinham sido contratados para recuperar uma embarcação sequestrada por piratas ao largo das águas da Índia.
Contudo, esta prática viola as normas nacionais, já que em Moçambique é proibida a importação de material bélico sem a devida autorização, e os agentes detidos estavam na posse desse material sem nenhum documento de registo.
Entretanto, o comunicado de imprensa da GreySide, assinado pelo presidente do grupo, Alex Popovic, afirma que os seus agentes “foram brevemente inquiridos pela Polícia no aeroporto em Nampula, não havia armas presentes, e depois de se constatar que não havia nenhuma irregularidade, a equipa foi logo posta em liberdade e atribuída vistos”.
“Como uma empresa de segurança operando ao nível global, nós seguimos todos os passos para garantir que todas as devidas licenças sejam obtidas antes de conduzirmos missões internacionais dos nossos clientes”, afirma Popovic, citado pelo comunicado de imprensa.
“A nossa equipa de profissionais altamente equipada estava em pleno cumprimento dos nossos procedimentos rigorosos e com as leis aplicáveis internacionalmente e ao nível doméstico”, acrescenta ele.
O documento indica que a equipa da GreySide detida em Nampula “carregava, legalmente, munições, dentro Escritório de Defesa e Controlo do Comércio de Armas, regulamentos sobre o Comércio Internacional de Armas e o Bureau de Álcool, Tabaco, Explosivos e armas de fogo”.
A imprensa moçambicana baseada em Nampula mostrou a imagem dos agentes da GreySide detidos pela Polícia na posse da mala contendo o material bélico.
Os indivíduos foram depois soltos, provavelmente sob o argumento deles não constituírem perigo, mas o seu material não lhes foi devolvido.