Desde a manhã desta quarta-feira que a movimentação de pessoas no Parque Nacional do Limpopo (PNL), no distrito de Massingir, em Gaza, Sul de Moçambique, é descontrolada, na sequência de uma greve desencadeada pelos fiscais daquele complexo, exigindo aumento salarial que não é feito há dois anos, contrariando incrementos salariais nacionais que têm sido feitos pelo Governo.
Por se tratar de uma das fontes mais importantes de arrecadação de receitas para a região, em particular, e para o país, em geral, para além do prestígio que a estância representa, demarches foram imediatamente accionadas na manhã desta quarta-feira visando encontrar uma solução negociada entre as partes. Efectivamente, ao que o Correio da manhã apurou de fonte adequada, os esforços em busca de uma solução pacífica envolvem o próprio administrador do distrito, Artur Macamo, que logo de manhã teve duas reuniões em separado com os fiscais e depois com a direcção do parque, desconhecendo- se os resultados dos referidos encontros.
Um nosso informante no local, que pediu para não ser nomeado, acrescentou que os grevistas reivindicam ainda o pagamento do 13º vencimento de 2010 a que se julgam com pleno direito. Esta greve surge numa altura em que cerca de 500 veraneantes estrangeiros tinham já marcado reservas de quartos para passarem o Natal e fim do ano de 2010 naquela estância turística que faz parte do Grande Parque Transfronteiriço do Limpopo que engloba Moçambique, África do Sul e Zimbabué.
Entretanto, a meio da tarde desta quarta-feira, a direcção do parque começou a processar os retroactivos referentes ao aumento salarial decretado pelo Governo para 2010 e o 13º vencimento. O pagamento foi anunciado durante um encontro com todos os trabalhadores do Parque Nacional do Limpopo, em Gaza. Espera-se que com as operações de liquidação parcial dos soldos em atraso a situação regresse à normalidade ainda esta quinta-feira, conforme nos afiançou um outro informador posicionado no PNL.
