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Greenpeace alerta para perigos de sobrepesca na costa oeste-africana

A Greenpeace, uma organização mundial e independente de defesa do ambiente, alerta para perigos da sobrepesca na sub-região oste-africana, de acordo com um relatório apresentado, Domingo, em Nouakchott.

Ao apresentar o documento, Mohamed Diame, perito encarregue da campanha “Oceanos da África Ocidental”, lançada desde 2010 pela Greenpeace, indicou que as águas desta região “sofrem o impacto do desenvolvimento acelerado das actividades de pesca e de sobrepesca que constituem uma das principais ameaças que pesam sobre os oceanos” nesta parte do mundo.

“Na origem desta situação, está o esgotamento das quantidades haliêuticas” na Europa que leva pescadores de vários países, nomeadamente da Europa, da Rússia, da China e de Taiwan, a virarem-se para zonas piscatórias da África Ocidental para manterem as suas frotas em actividade, indicou.

Mohamed Diame acrescentou que a isto se junta o número crescente de pescadores artesanais, que exploram as águas costeiras e intensificam pressão sobre as quantidades, bem como a pesca ilícita não declarada e não regulamentada, cujos danos anuais estimam-se em 500 milhões de dólares americanos.

Na sua óptica, esta situação é agravada por incidências do crescimento demográfico nas zonas costeiras, pelo desenvolvimento da exploração petrolífera offshore, bem como pelas lacunas nas políticas de pescas que comprometem mecanismos de gestão e de controlo.

A Greenpeace considera que “o declínio e o esgotamento provável dos recursos marinhos na África Ocidental terá um impacto catastrófico na sub-região e que representa uma ameaça aos meios de subsistência de várias dezenas de milhões de indivíduos, em termos de segurança alimentar e empregos, nas comunidades costeiras.

Indicou que este alerta justifica a campanha “Oceanos da África Ocidental” lançada pela Greenpeace para sensibilizar governos, sociedade civil, comunidades e decisores públicos europeus ao perigo da sobrepesca.

Vários países africanos assinam acordos de pesca renovados de maneira cíclica com a União Europeia, além de outros acordos mais ou menos ilícitos com os Russos e Chineses.

Graças a esta campanha, o regime instituído no Senegal desde abril de 2012 pôs termo às actividades de pilhagem de cerca de 30 navios russos e lituanos, segundo o perito da Greeenpeace.

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