O governo venezuelano denunciou, esta Quarta-feira (23), um plano para assassinar o vice-presidente, Nicolás Maduro, e o chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, dois dos homens fortes do presidente Hugo Chávez, que está há mais de um mês em Cuba a recuperar-se de uma cirurgia contra um cancro.
Sem apresentar provas concretas, Maduro, designado por Chávez como seu eventual herdeiro político, disse que os criminosos infiltraram-se no país para cometer o atentado.
O vice-presidente garantiu que nas próximas horas e dias acções serão tomadas, sem revelar mais detalhes.
“Hoje queremos fazer uma denúncia importante, nós já levamos algumas semanas a seguir grupos que infiltraram-se no país e têm o objectivo de atentar contra a vida do companheiro Diosdado Cabello e contra minha vida”, disse durante um evento para milhares de seguidores.
“Por isso é que eles disseram que nós estamos a discutir, porque a jogada má e criminosa é tratar de atentar, coisa que não conseguiram… contra a vida de qualquer um de nós, e depois tentar jogar a culpa num ou noutro do que estão a planear fazer”, disse.
O próprio Chávez denunciou durante os seus 14 anos de mandato supostos planos para matá-lo.
A oposição exige conhecer o estado de saúde de Chávez, que não é visto nem ouvido em público desde 10 de Dezembro. O governo garante que ele está a recuperar-se.